O policial militar Gilberto Novaes, que na noite do último sábado (14) matou a ex-companheira Sthefania Ferreira, de 29 anos, e fugiu levando a filha de 4 anos em Santos Dumont, na Zona da Mata, continua sendo procurado pela polícia. Uma força-tarefa, que inclui as polícias Militar, Civil e Rodoviária, foi montada para encontrá-lo e prendê-lo.
Segundo a assessoria de imprensa da polícia civil, o inquérito foi registrado como feminicídio.
De acordo com informações de militares em Santos Dumont, Sthefania já havia registrado boletins de ocorrência e teria quatro medidas protetivas contra o policial. A Polícia Civil comunicou a PM a respeito do caso, que também passou a monitorar e acompanhar.
Em novembro do ano passado, Gilberto chegou a ser preso por ameça e teve a arma apreendida. Em fevereiro deste ano ele voltou a ser detido por ameaças, e em março por agressão. Na ocasião, ele teria apertado o braço da ex-companheira quando entregava a filha a ela.
No começo deste mês uma outra queixa por perturbação teria sido feita por Sthefania. O militar estava utilizando números diferentes de celular para fazer ameaças. Desde fevereiro Gilberto estava afastado das funções por problemas psicológicos.
Até o início da tade desta segunda-feira (16), no entanto, nenhuma informação sobre a fuga e paradeiro dele e da criança havia sido obtida.
Caso
De acordo com a PM, Gilberto Novaes, que tem 35 anos, disparou várias vezes contra a ex-companheira, Sthefania Ferreira, de 29 anos. Logo depois, pegou a filha de 4 anos e fugiu. Ele estaria armado e em um Fiat Palio da cor cinza escuro, fugindo pela BR-040. O soldado estava afastado há cerca de três meses de suas funções por conta de problemas psicológicos.
Na hora do crime, Sthefania estava em casa com o namorado, esperando a entrega de um lanche. Foi quando o motoboy chegou que Gilberto aproveitou para entrar na residência. O companheiro da vítima tentou impedir, mas quando ouviu os disparos recuou para se esconder. Uma vizinha de 56 anos, que também escutou os disparos, foi até o local do crime e viu o homem saindo com a filha nos braços, mas não conseguiu evitar a fuga.
O Serviço de Atendimento Móvel (Samu) foi acionado, mas quando chegou Sthefania já estava morta. O militar é lotado no 29º BPM, em Poços de Caldas, mas trabalhava em Campestre, uma cidade vizinha.
Ameças
Conforme relatado pela vizinha à polícia, Sthefania recebia ameaças constantes, tanto pessoalmente, quanto por telefone. De acordo com a corporação, por conta de frequentes brigas, a polícia fazia "visitas tranquilizadoras" à casa. O celular da vítima foi levado pela PM para ajudar na investigação do caso.
No boletim de ocorrência há ainda a informação de que o veículo usado na ação era emprestado. O dono do carro era um amigo, para o qual ele disse que iria encontrar com a namorada.