R$ 51 mil bloqueados

Fotógrafa de festa de debutantes é investigada por estelionato na Grande BH: 11 vítimas

Dois colaboradores - um editor de vídeo e uma secretária - também participavam do esquema em Contagem

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 12/06/2025 às 16:59.Atualizado em 12/06/2025 às 17:23.
Valores pagos pelos serviços de ensaios fotográficos das aniversariantes e coberturas das festas de 15 anos variam entre R$ 5 mil e R$ 15 mil. (Freepik)
Valores pagos pelos serviços de ensaios fotográficos das aniversariantes e coberturas das festas de 15 anos variam entre R$ 5 mil e R$ 15 mil. (Freepik)

Na manhã desta quinta-feira (12), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu três mandados de busca e apreensão em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, após denúncias de golpes contra debutantes. A operação faz parte de uma investigação que apura os crimes de estelionato e lavagem de dinheiro, supostamente cometidos por uma fotógrafa e dois colaboradores – um editor de vídeo e uma secretária.

Até o momento, 11 vítimas já formalizaram representação contra a suspeita. Os valores pagos pelos serviços de ensaios fotográficos das aniversariantes e coberturas das festas de 15 anos variam entre R$ 5 mil e R$ 15 mil.

Durante a ação policial, conduzida por equipes do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e Fraudes (Deccof), foram apreendidos nas residências dos alvos um celular, sete HDs, um laptop e três cartões de memória. Também foi determinado o bloqueio de R$ 51 mil nas contas dos investigados.

Entenda o caso

Segundo as investigações, as vítimas alegam que a fotógrafa e seus auxiliares divulgavam serviços de fotografia para festas de debutantes por meio de perfis em redes sociais, sendo que um deles conta com mais de 120 mil seguidores. No perfil, há inclusive publicações de trabalhos realizados em países como França e Estados Unidos.

De acordo com a delegada Elyenni Célida, após a assinatura dos contratos com os familiares das debutantes, os serviços contratados não eram devidamente entregues. “Às vezes, o ensaio ou a cobertura do evento até eram realizados, mas o material não era entregue ou era repassado de forma incompleta - com muitas fotos e vídeos faltando, sem edição ou simplesmente ausente”, explicou.

Elyenni acrescenta que a investigada, com o apoio de seus colaboradores e familiares, fornecia diversas justificativas para o descumprimento dos contratos. “Ela alegava estar doente, ter sofrido um acidente, estar em depressão, ou que familiares estavam gravemente enfermos”, completou a delegada.

As investigações continuam e, caso novas vítimas apareçam, é fundamental que registrem boletim de ocorrência e formalizem representação para que os fatos sejam apurados.

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