Interior de Minas

Fotógrafo é preso suspeito de estuprar enteada e produzir pornografia infantil

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
16/10/2023 às 13:07.
Atualizado em 16/10/2023 às 17:05
 (Fernando Michel / Hoje em Dia)

(Fernando Michel / Hoje em Dia)

Um fotógrafo de ensaios de crianças e adolescentes foi preso em Bambuí, no Oeste de Minas, suspeito de pornografia infantil. O homem de 34 anos é investigado por filmar as partes íntimas da própria enteada, de 2. A Polícia Civil busca agora identificar outras vítimas.

A prisão foi feita na última terça-feira (10), mas os detalhes da operação só foram repassados nesta segunda-feira (16). Em 2013, o fotógrafo foi condenado pela Justiça pelo mesmo crime e cumpriu um ano e três meses da pena. 

Segundo a delegada Marcelle Bacellar, titular da 2a Delegacia Especializada na Investigação de Crimes Cibernéticos, as investigações começaram há cerca de dois meses. A prisão preventiva do suspeito foi pedida à Justiça após a polícia identificar, em uma das imagens analisadas pelo serviço de inteligência da unidade, que o homem toca as partes íntimas da criança, com quem mora na mesma residência.

“Nossa preocupação ficou ainda maior e a gente optou por solicitar ao poder judiciário mandados de busca e apreensão de eventuais materiais e conteúdos pornográficos que houvesse tanto na residência, quanto no local de trabalho dele, já que ele é fotógrafo e o público alvo desse trabalho era justamente crianças e adolescentes”, explicou a delegada.  

A delegada contou ainda que no momento da prisão, o homem se assustou, fechou o portão do estúdio e jogou o celular no telhado de um imóvel vizinho. O aparelho foi recuperado. No local foram apreendidos um computador, máquinas fotográficas, cds, pen drives e HDs, que serão periciados pela PC.

Pornografia infantil 

Em coletiva nesta segunda, a delegada explicou que o crime de pedofilia não é previsto pelo Código Penal brasileiro, mas que a associação a outros crimes levam ao indiciamento do suspeito. A legislação brasileira prevê pena de 1 a 8 anos de prisão para quem armazenar, compartilhar e/ou produzir material envolvendo crianças e adolescentes em situação de nudez e sexo. 

O indiciamento depende ainda da conduta do investigado, que pode ser enquadrado também por estupro de vulnerável, com pena de até 15 anos. “Produzir imagem relacionada à situação pornográfica de menores já é crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). E nesse caso como ele estava manipulando a genitália da criança ainda configura o crime de estupro de vulnenável”, explicou a delegada.

A Polícia Civil de Bambuí orienta que os pais que suspeitam que os filhos possam ter sido vítimas do fotógrafo devem conversar com os menores. Se identificada a prática criminosa, os genitores podem ir à delegacia para fazer denúncia. A investigadora afirma que a instituição está à disposição para o acolhimento dos pais.

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