Os onze municípios mineiros com maior incidência de casos de febre amarela vão receber repasse de R$ 1,1 milhão da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). A "verba simbólica", conforme anunciou o presidente do órgão, Henrique Pires, será destinada para conscientização da população com relação à doença. "Educação é a base de tudo", enfatizou.
Desde o início do ano, Minas Gerais registrou 84 casos confirmados da enfermidade, sendo que 40 evoluíram para o óbito. O número, porém, pode ser ainda maior, já que outras 57 mortes e 386 possíveis infectados estão em investigação pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Qualidade de vida
O presidente da Funasa esteve em Belo Horizonte nesta sexta-feira (27) para liberar R$ 15 milhões para 100 cidades do Estado elaborarem Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB), que preveem tratamento de água e esgoto, além de saneamento básico nos locais com população de até 50 mil habitantes.
“Investir em saneamento é uma maneira preventiva de se evitar endemias, por esse motivo os planos são essenciais para o planejamento dos investimentos no setor, para que os recursos aplicados gerem resultados positivos”, defendeu Pires. Conforme a Funasa, os PMSB serão desenvolvidos em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG).
Os prefeitos dos municípios contemplados participaram da solenidade, realizada no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea/MG), onde também assinaram emendas parlamentares que somam R$ 30 milhões para realização de obras de melhorias sanitárias domiciliares.
Alguns parlamentares federais acompanharam o evento e destacaram a importância do projeto da Funasa em ajudar moradores carentes da zona rural do Estado. A deputada Raquel Muniz (PSD), por exemplo, pontuou que a instalação de banheiros nas residências pode, inclusive, diminuir a violência. "A construção de banheiros dá mais dignidade para as pessoas", observou.
Desde 2012, a Funasa já contribuiu na elaboração de 320 PMSB em Minas Gerais e, somente no ano passado, destinou R$ 121 milhões para os municípios mineiro socialmente vulneráveis.