faltam insumos

Funcionários denunciam falta de material básico no Hospital Júlia Kubitschek

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
22/04/2022 às 18:38.
Atualizado em 22/04/2022 às 18:48
 (Adair Gomes/Fhemig)

(Adair Gomes/Fhemig)

Funcionários e trabalhadores do Hospital Júlia Kubitschek (HJK), na região Oeste de Belo Horizonte, denunciam falta de material básico para atendimento aos pacientes. Os principais itens em falta são luvas, seringas, agulhas, cateter intravenoso, compressas de gaze estéril e coletor urinário. A unidade é administrada pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).

´Nesta semana, um comunicado da coordenação da farmácia do hospital avisou a diretoria sobre o problema. Segundo eles, a situação do estoque de materiais é “alarmante”. “Teremos que realizar ações internas para minimizar desperdício e ganhar sobrevida de estoque. O risco de interrupção de serviços de saúde é grave”, diz a nota.

No mesmo informativo, a coordenação afirma que já solicitou a compra dos insumos e que o pedido está sob análise da corregedoria do Estado.

Desperdício

Neusa Freitas é técnica de enfermagem e diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG). A profissional exemplifica que um dos itens em falta no hospital são bolsas de soro de 100ml, utilizadas para diluir medicamentos intravenosos. 

Ela explica que, na falta do item, bolsas de 500ml são utilizadas e descartadas sem que o produto seja totalmente utilizado - ou seja, 400ml de soro fisiológico são jogados no lixo. 

Segundo a técnica de enfermagem, a direção do HJK está ciente do problema e informou que a situação seria resolvida em 15 dias. 

Interrupção de atendimento

Outro problema recente registrado no hospital é o fechamento de setores assistenciais. No último mês, segundo Neusa, o Governo de Minas ordenou o fechamento do ambulatório da maternidade do HJK. O receio da sindicalista é que o Estado suspenda atendimentos de outros ambulatórios vinculados à maternidade, como o CTI neonatal. 

A unidade de emergência do hospital também se encontra fechada desde o dia 5 deste mês. Segundo a profissional de saúde, a gestão do HJK alega falta de profissionais. O setor presta suporte à UPA do Barreiro. 

“O Governo não investe em saúde, por isso acaba com os serviços”, desabafa a sindicalista.

A preocupação dos trabalhadores do HJK é que o problema se estenda para outras unidades da Fhemig, já que o sistema é uma rede integrada. Há relatos de falta de insumos no Hospital João XXIII, pronto socorro referência em atendimentos de alta complexidade em urgência e emergência.

Abraço simbólico

Neste sábado (23), às 10h da manhã, funcionários do Hospital Júlia Kubitschek, conselheiros de saúde, moradores da região e outros convidados fazem um abraço simbólico em torno do hospital.

Ao Hoje em Dia a Fhemig informou que não há desabastecimento de medicamentos e insumos em suas unidades. "Caso necessário, existem protocolos para substituição terapêutica", disse em nota. 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por