Bem-estar

Gastroplastia endoscópica: entenda procedimento sem corte que pode ajudar no tratamento da obesidade

Gabriel Rezende
grezende@hojeemdia.com.br
Publicado em 22/08/2022 às 07:00.
Cirurgião Bruno Sander durante pesquisa sobre gastroplastia endoscópica (Arquivo Pessoal)

Cirurgião Bruno Sander durante pesquisa sobre gastroplastia endoscópica (Arquivo Pessoal)

Já ouviu falar em gastroplastia endoscópica? O procedimento menos invasivo pode ajudar pessoas com obesidade leve e moderada a perder peso por meio de suturas no estômago. A eficácia é de até 87,5%, conforme pesquisa desenvolvida na UFMG. Apesar dos resultados animadores, a técnica ainda não é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nem por planos.     

Diferente da cirurgia bariátrica, a gastroplastia é realizada via endoscopia. "O estômago é costurado por dentro, fazendo com que ele tenha menor volume", explica o cirurgião geral e endoscopista Bruno Sander, que apresentou doutorado sobre o procedimento na universidade.

Conforme Sander, entre o terceiro e o quarto mês, a linha e os pontos se soltam espontaneamente, e o próprio estômago irá se colar. "Assim como ocorre com a pele, quando a gente dá ponto", conta o especialista. 

A pesquisa mostra ainda o estômago da pessoa pode reduzir até 70%. Com isso, o paciente consegue saciedade com menos comida. No entanto, a técnica só é indicado para pacientes com índice de massa corporal (IMC) maior que 30kg/m 2, que significa obesidade grau 1 (clique aqui e veja como calcular o IMC).

"É um procedimento mais simples e com menores riscos do que a cirurgia bariátrica", diz Bruno Sander. Segundo ele, o tempo de execução do procedimento é curto, e o paciente recebe alta no mesmo dia. 

Outro benefício, elenca o especialista, é que a gastroplastia endoscópica não afeta a absorção de nutrientes, como ocorre na bariátrica. "O paciente não terá deficiência de vitaminas, nutrientes. É um procedimento que causa menos alterações metabólicas", diz. 

Custo elevado 
A gastroplastia endoscópica ainda está distante de ser acessível no Brasil. Segundo o médico, o gasto para o procedimento atualmente é de R$ 40 mil. "Só existe uma empresa no mundo que produz o material, que é descartável, para realizar o procedimento", diz.

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