Goleiro diz que não denunciou "Macarrão" por medo de algo acontecer a suas filhas

Renata Evangelista - Hoje em Dia
06/03/2013 às 20:07.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:38
 (Renata Caldeira)

(Renata Caldeira)

O goleiro Bruno Fernandes de Souza, que confessou que sua ex-amante Eliza Samudio foi morta e esquartejada a mando de seu braço-direito Luiz Henrique Romão, o "Macarrão", disse que não denunciou o amigo antes porque temia pela vida de suas filhas. Respondendo as perguntas dos jurados, o atleta contou que não delatou o crime pela amizade que mantinha com "Macarrão" e, principalmente, para evitar que alguma coisa de ruim acontecesse com sua família.   O goleiro disse também que, após ficar sabendo da morte de sua ex-amante, ele se preocupou com o bem estar do "Bruninho", já que não queria que ele fosse mal cuidado. O atleta confessou que pediu para mudar o nome do menino da criança para Rian Iuri para despistar em caso de investigação.   Sobre o fato de ter se recusado a fazer o exame de DNA para comprovar a paternidade do Bruninho, o goleiro alegou que não tinha tempo. Os jurados perguntaram então porque ele não colheu material em casa mesmo ou no hotel onde costumava se hospedar e o réu disse que foi por desconhecimento.   Com relação à sua ex-mulher Dayanne Rodrigues do Carmos, que responde pelo crime de sequestro e cárcere privado de Bruninho, o atleta disse que ela ficou assustada, mas não sabia o que realmente estava acontecendo.   O réu voltou a frisar que não sabia que Eliza seria morta, mas contou que foi omisso ao permitir que ela fosse 'xingada' pelo amigo durante o período em que esteve no sítio. Neste momento, ele entrou em contradição e chegou a dizer que ficou sabendo da morte de Eliza no momento em que ela estava sendo morta. Mas depois ele voltou atrás e contou que só soube do crime posteriormente.   Quanto ao fato de ter concedido uma entrevista durante o início das investigações, em junho de 2010, em que falou que esperava que Eliza aparecesse, Bruno disse que se sentiu acuado e foi orientado por seus advogados a não falar sobre o assunto.

Bruno continou a responder as perguntas dos jurados e informou que chegou a apresentar Bruninho para toda sua família como sendo seu filho e também teria dito que Eliza era a mãe.   Questionado se sua amizade com "Macarrão" continuou sendo a mesma após o crime, Bruno disse que perdoava o homem que ele considerava como sendo seu irmão. O atleta contou que, primeiro defendeu o Luiz Henrique, ao não denunciar o assassinato, por medo e pelo vínculo de amizade que existia entre eles. O goleiro falou, na sequencia, que esse vínculo havia sido quebrado e que agora cada um ia cuidar da sua família.
  O atleta continuou o interrogatório falando que Eliza permaneceu em sua casa, mesmo após ter sido ferida por Jorge Luiz Rosa, porque estaria interessada no dinheiro que havia combinado de receber.   Ele negou ter apontado uma arma na cabeça de Eliza, mas confessou já ter brigado com ela, inclusive ter dado tapas na mulher. A pergunta feita pelos jurados foi com base em um vídeo gravado pela ex-amante do atleta, em que ela afirmava que havia sido ameaçada pelo goleiro e obrigada a tomar remédio abortivo quando estava grávida.   Respondendo a mais uma pergunta dos jurados, Bruno disse que nunca chegou a imaginar que os hematomas vistos em Eliza, que foi agredida por Jorge, poderiam terminar em morte.

Atualizada às 20h16

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