
Uma pesquisa recente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) aponta que o golpe da falsa central de atendimento é a fraude financeira mais comum entre os moradores da capital mineira. O levantamento, que ouviu 200 pessoas, mostra que 31% dos entrevistados foram alvo de alguma tentativa de golpe nos últimos 12 meses.
Dentre os casos, 17,7% relataram ter sido vítimas de golpes que simulam contato de funcionários de bancos, alertando sobre supostas compras ou movimentações suspeitas. Os homens são as principais vítimas dessa modalidade, representando 26,7% dos casos.
Outras fraudes citadas pelos belo-horizontinos incluem compras em sites falsos, clonagem de cartão e ofertas enganosas por telefone.
“Diariamente surgem novas modalidade de golpes que prejudicam e enganam a população e o setor de comércio e serviços. É fundamental que consumidores e empresários fiquem atentos às propostas que parecem tentadoras e considerem somente os canais oficiais de comunicação das instituições financeiras e de vendas”,
alerta o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
Homens e mulheres são alvos de golpes diferentes
A pesquisa detalha que homens e mulheres são afetados de maneiras distintas pelas fraudes financeiras, um comportamento que está ligado aos seus hábitos de consumo.
- Mulheres: São mais suscetíveis a golpes de empréstimo fraudulento (21,9%), ofertas de dinheiro e bens materiais (18,8%) e roubo de dados bancários (15,6%).
- Homens: São mais alvos de golpes da falsa central de atendimento (26,7%), clonagem de cartão (16,7%) e compras em lojas ou sites falsos (16%).
Golpes via telefone, WhatsApp e redes sociais são os mais comuns
Os três principais meios por onde os belo-horizontinos recebem tentativas de golpes são por ligação telefônica (35,5%), WhatsApp (21%) e redes sociais (19,4%). Na sequência, foram citados pelos entrevistados: email (8,1%), contato presencial (4,8%), aplicativo de bancos, folha de pagamento e SMS (3,2% cada). Sites falsos foram
citados por 1,6%.
Silva reforça a importância da educação para o consumo seguro e do cuidado redobrado no ambiente digital. "A prevenção começa com a informação e com atitudes simples, como confirmar a origem do contato, evitar clicar em links desconhecidos e nunca compartilhar senhas”, alerta.