Golpe do falso advogado: homem é preso em São Paulo após morador de Sabará perder R$ 160 mil
Criminosos fingem ser advogados e usam fotos reais de profissionais para convencer clientes a realizar transferências bancárias
Um homem foi preso no bairro Vila Brasil, na Zona Leste de São Paulo, suspeito de integrar um bando especializado em aplicar o golpe do falso advogado. A operação foi conduzida pela Polícia Civil mineira, com apoio das forças de segurança da capital paulista, após um morador de Sabará, na Grande BH, sofrer prejuízo de R$ 160 mil.
Detalhes sobre o detido não foram informados, apenas que ele foi encaminhado ao sistema prisional de SP. Uma mulher, também alvo da operação, não foi localizada e é considerada foragida. Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidos celulares, documentos falsos e cartões bancários.
As investigações foram conduzidas pela Divisão Especializada de Combate à Corrupção, Investigação a Fraudes e Crimes contra a Ordem Tributária. Segundo as apurações, os golpes financeiros eram aplicados em diversas regiões do país.
Conforme a Polícia Civil, o inquérito segue em andamento, com o objetivo de identificar outros integrantes e "promover a completa desarticulação da associação criminosa".
O que é o golpe do falso advogado
Conforme o Hoje em Dia tem mostrado, o golpe do falso advogado tem sido cada vez mais frequente em Minas. Só de janeiro a agosto, a Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Minas Gerais (OAB-MG) contabilizava cerca de 500 registros de mensagens fraudulentas pelo WhatsApp.
Em alguns casos, os golpistas usam até Inteligência Artificial para cometer os crimes.
Não há detalhes de quantas pessoas foram vítimas. No golpe, criminosos fingem ser advogados e usam fotos reais de profissionais para convencer clientes a realizar transferências bancárias. As abordagens costumam ocorrer em processos trabalhistas e previdenciários, mas também atingem ações cíveis de indenização.
Para a liberação dos recursos, os bandidos exigem o pagamento antecipado de custas processuais, tributos ou honorários advocatícios. Após as transferências, os criminosos encerravam o contato e desapareciam.
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