Governo de Minas publica exoneração de filho suspeito de matar a mãe, a professora Soraya
Suspeito atuava desde 2021 na Sedese e ganhava cerca de R$ 4,5 mil por mês; home foi preso nesta sexta

O suspeito do assassinato da própria mãe, a professora Soraya Tatiana Bonfim França, foi exonerado do cargo comissionado que ocupava na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), do Governo de Minas. Ele atuava na pasta estadual desde 2021, conforme consta no Portal da Transparência. O homem de 32 anos foi preso nessa sexta-feira (25).
A exoneração foi publicada neste sábado (26) no Diário Oficial de Minas Gerais. O filho da educadora não era concursado e estava lotado na "Diretoria de Prestação de Contas". O salário girava em torno de R$ 4,5 mil, sendo a remuneração básica R$ 3.289,82.
Na sexta, após a prisão, a Sedese informou que acompanha a investigação do caso e adiantou que ele seria exonerado do cargo em comissão. "Cabe reforçar que os fatos investigados não guardam relação com a Sedese. A pasta reafirma que não compactua com crimes, desvios de conduta ou quaisquer irregularidades eventualmente cometidas por seus servidores", informou a secretaria.
O filho da educadora confessou o assassinato. Ele foi preso temporariamente e disse à Polícia Civil que agiu sozinho, cometendo o crime dentro do apartamento onde morava com a mãe.
Segundo a delegada Ana Paula Rodrigues de Oliveira, do Núcleo de Feminicídio do DHPP, a motivação teria sido uma discussão acalorada por questões financeiras. A vítima e o filho enfrentavam dificuldades econômicas, e ele estaria em surto no momento do crime, abalado emocionalmente e envolvido com jogos on-line e empréstimos consignados.
Após matar a mãe por enforcamento, ele usou o carro dela para levar o corpo até Vespasiano, onde o abandonou sob um viaduto. Depois, retornou para casa. A necropsia ainda não foi concluída, e os laudos periciais devem esclarecer detalhes do caso. Até agora, não há comprovação de violência sexual.
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