
Em mais uma tentativa de reduzir o número de cesarianas no Brasil, e também de desmistificar a ideia de que a cirurgia é segura e sem riscos, o Ministério da Saúde publicou nesta segunda-feira (4) uma série de diretrizes para a realização do procedimento na rede pública.
De acordo com órgão federal, a cesariana quando solicitada sem necessidade pode aumentar o risco de problemas respiratórios para o recém-nascido e o risco de morte materna e infantil.
Segundo o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Cesariana, a operação é recomendada como forma de prevenção da transmissão vertical do vírus das Hepatites B e C, ou como forma rotineira de nascimento de feto de mulheres obesas.
Por outro lado, o Ministério indica que o parto cesáreo seja realizado em casos de prevenção de transmissão vertical do HIV e para mulheres que tenham apresentado infecção primária do vírus Herpes simples durante o terceiro trimestre da gestação. Gestantes que já realizaram três ou mais cesarianas também devem ser recomendadas a realizar a operação.
O PCDT foi publicado no Diário Oficial da União e deverá ser seguido a partir desta segunda-feira (4) pelas Secretarias de Saúde de todo o país.
Campanha
“Temos investido fortemente em diversas ações para incentivar o parto normal, porque atualmente o Brasil vive uma epidemia de cesáreas - que se tornaram, ao longo dos últimos anos, a principal via de nascimento do país, chegando a 55% dos partos realizados no Brasil e em alarmantes 84,6% nos serviços privados de saúde. No sistema público, a taxa é de 40%, consideravelmente menor, mas ainda elevada, o que nos preocupa”, destacou o Secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame.
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