Grandes blocos do Carnaval de BH tiveram trajeto vetado pelos Bombeiros

Malú Damázio
mdamazio@hojeemdia.com.br
31/01/2018 às 13:44.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:04
 (Lucas Prates/ 20-02-2016)

(Lucas Prates/ 20-02-2016)

Caso não alterem o trajeto proposto, 17 blocos de rua de Belo Horizonte que reuniriam mais de 10 mil pessoas não poderão desfilar no Carnaval este ano. Dentre as agremiações estão o Juventude Bronzeada, a Corte Devassa, o Pisa na Fulô e o Volta Belchior. Os deslocamentos dos cortejos não receberam o aval do Corpo de Bombeiros por possíveis ameaças à segurança dos foliões.

Os principais problemas, conforme o tenente Pedro Aihara, assessor de imprensa da corporação, são a proximidade de rios e ribeirões, viadutos e áreas de alagamento. Os blocos têm até a véspera da festa para apresentarem uma nova proposta de deslocamento e só poderão desfilar com a autorização dos bombeiros. Nesta terça-feira (31), os organizadores dos cortejos estão se reunindo com os oficiais para acertar os detalhes e regularizar a saída nas ruas da capital. 

"No caso do Juventude Bronzeada, que é um dos blocos que ainda está irregular, o grande problema é que estão passando por uma região de viadutos, ali no viaduto do Floresta, onde há um estreitamento da via. Como ele junta uma multidão, corre o risco de alguém cair da estrutura", diz o tenente.

No entanto, ele reforça que a intenção da corporação é garantir a segurança e permitir que os desfiles ocorram normalmente. “Queremos que todos sejam aprovados. Nós estamos nos reunindo com os blocos que tiveram algum impedimento desde dezembro e estamos sugerindo novos trajetos para que possam sair no Carnaval, sem prejudicar ninguém”, explica. 

Inicialmente, dos 511 cortejos que se cadastraram na Belotur, 102 tiveram o deslocamento vetado. Mas boa parte deles já apresentou propostas alternativas de local de desfile e deixou a lista de interdição. Em 2017, após revisão dos trechos a serem percorridos, todos os blocos foram autorizados a participar da festa.

A representante do bloco Corte Devassa, Lira Ribas, afirma que o trajeto do grupo continua praticamente o mesmo. Em reunião com a Belotur, ficou acordado apenas que o grupo não ocuparia mais o Viaduto Floresta, onde costumavam ficar por cerca de duas horas, para que o trânsito continue fluindo na região.

“Continuamos concentrando na Sapucaí, passamos pelo viaduto Santa Tereza, e avenida Afonso Pena. Resolvemos porque é uma mudança pequena, que não afetaria a gente. Pensamos que assim como temos direito de ocupar a cidade, quem não participa do Carnaval também deve conseguir transitar”, garante.

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