Em nota enviada à imprensa, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou que a greve dos professores praticamente não afetou o funcionamento das escolas mineiras nesta quinta-feira (22). Segundo a SEE, apenas 0,23% dos educadores aderiram à paralisação e das 3.674 escolas estaduais, 3.670 funcionaram normalmente, ou seja, 99,89% das instituições não foram afetadas.
Ainda conforme a nota, o governo informou que "continua aberto ao diálogo com todas as entidades representativas dos servidores da Educação" e garantiu que desde o início do ano já foram realizadas três reuniões do Comitê de Negociação Sindical (Cones) com participação de representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG). Além disso, a nota informou que uma próxima reunião já está agendada para o dia 27 de maio.
Os professores deflagraram greve na última quarta-feira em todo o Estado. Eles reivindicam o pagamento do Piso Salarial Nacional no Estado, o descongelamento da carreira e a instituição de uma mesa de negociação para discutir a situação dos servidores afetados pela Lei 100, considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entretanto, o governo rebateu informando que as principais reivindicações apresentadas pela entidade não estão de acordo com a realidade da educação mineira.
"Por exemplo, Minas Gerais paga, desde 2011, um valor bastante superior ao estabelecido pelo Ministério da Educação. Atualmente, o salário inicial pago um professor com licenciatura plena é de R$ 1.455,30 para uma jornada de 24 horas semanais. Esse valor está, proporcionalmente, 42,93% acima do estabelecido pelo MEC para uma jornada de 40 horas semanais. O piso nacional para 40 horas semanais é de R$1.697,39 e para uma jornada de 24 horas, que é adotada em Minas, seria de R$ 1.018,43", informou o governo. E acrescentou que em outubro do ano passado os profissionais tiveram aumento de 5%.