Paralisação

Greve dos professores da rede municipal completa 20 dias em BH

Classe reivindica reajuste maior do que os 2,49% oferecidos pela prefeitura da capital

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 25/06/2025 às 10:11.Atualizado em 25/06/2025 às 10:42.
Servidores rejeitaram a proposta oferecida pela Prefeitura de Belo Horizonte de reajuste de 2,49% (Sind-Rede BH / Instagram / reprodução)
Servidores rejeitaram a proposta oferecida pela Prefeitura de Belo Horizonte de reajuste de 2,49% (Sind-Rede BH / Instagram / reprodução)

A greve dos professores da rede municipal de educação de Belo Horizonte completa 20 dias nesta quarta-feira (25). Os trabalhadores buscam um reajuste maior do que os 2,49% oferecidos pela prefeitura da capital, índice abaixo da inflação e do piso nacional do magistério, segundo o Sind-Rede. A paralisação segue por tempo indeterminado.

Uma nova reunião irá ocorrer nesta quarta-feira (25) entre representantes da classe e membros da prefeitura. A negociação deve contar com a presença da secretária de Educação, Natália Araújo, e do secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Bruno Parcelli.

Protesto 

Após assembleia realizada na praça da Estação, os professores seguiram pela avenida Afonso Pena com cartazes e faixas. “Damião, reajuste de 2,49% é sacanagem demais”, dizia uma das faixas. 

Na última quarta-feira (18), o protesto aconteceu no Aeroporto Internacional de Confins. Um grupo de professores esteve no local para cobrar o prefeito Álvaro Damião (União Brasil) que desembarcava de Natal, após deixar Israel na terça (17).

“Negocia com a educação, Álvaro Damião”, cantavam os professores. “Agora é greve, pois Damião não paga o que nos deve!”, trazia uma faixa. Ao encontrar com a classe ainda no aeroporto, Damião disse que iria “olhar a situação” assim que chegasse à prefeitura. 

A greve conta atualmente com cerca de 85% de adesão dos trabalhadores e 75% das escolas da Rede Municipal com algum nível de paralisação. 

Proposta da PBH

A PBH informou que antes do posicionamento final dos professores, se reuniu com integrantes do SindRede-BH, “na tentativa de colocar um ponto final na greve da categoria”.  Além de oferecer o reajuste de 2,49%  – retroativo a 1º de maio – afirmou que será feita a recomposição escalonada das perdas inflacionárias acumuladas entre 2017 e 2022, medidas pelo INPC, ao longo dos próximos dois anos. 

Além disso, apresentou  um auxílio alimentação diário com valores entre R$ 16,67 e R$ 25, de acordo com a jornada de trabalho dos servidores. Para o professor que trabalha em um apenas um turno, o benefício seria de R$ 18,75 por dia. Para aqueles que têm dois BMs ativos ou dobra, o vale será de R$ 60 por dia, chegando a até R$ 1.320 por mês. 

“A PBH se comprometeu ainda a nomear 376 profissionais para os anos iniciais e outros professores aprovados em concurso vigente, conforme a demanda da rede municipal. Para a educação infantil, a proposta é encaminhar um projeto de lei para ampliar o número de professores e reestruturar a carreira”, disse o órgão. 

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