Greve dos tanqueiros encarece corridas por aplicativo em Belo Horizonte

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
26/02/2021 às 20:02.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:16
 (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

(Maurício Vieira/Hoje em Dia)

A greve dos tanqueiros, motoristas que transportam combustíveis em Minas Gerais, além de provocar longas filas nos postos e complicar o trânsito em Belo Horizonte, afetou também o preço das corridas por transporte de aplicativo. 

A estudante Rayssa Duarte utiliza o serviço para se deslocar da Gameleira, na região Oeste da capital, onde mora, para o trabalho, no bairro Santa Efigênia, na região Leste da capital. Normalmente, o valor da corrida fica em torno de R$ 11,00. Mas nesta sexta-feira (26), o preço cobrado era mais que o dobro, totalizando R$ 24,37.Whatsapp/Reprodução

Já uma corrida do bairro União, na região Nordeste, até o terminal rodoviário, no Centro de BH, que fica em torno de R$ 9,00, subiu para R$ 14,51. Um aumento de 61,22%.Whatsapp/Reprodução 

O Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Minas informou que cerca de dois mil caminhoneiros paralisaram as atividades no Estado e não há previsão para a volta. A categoria reivindica do governo do Estado a redução do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado sobre o óleo diesel, de 15% para 12%. 

Em nota, o governo de Minas Gerais informou que a Polícia Militar está acompanhando as manifestações dos transportadores de combustível, garantindo a fluidez no trânsito e a segurança nos locais em que os caminhões estão parados. "Além dessa ação, viaturas da PMMG estão patrulhando o entorno da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), mantendo pontos base na refinaria, de forma a garantir que os motoristas que transportam combustíveis e que não aderiram à paralisação mantenham suas atividades".

Ainda segundo o governo, as recentes mudanças no preço dos combustíveis não são em função do ICMS, mas sim da política de preços praticada pela Petrobras. "O Estado reafirma seu compromisso de não promover o aumento de nenhuma alíquota de ICMS até que seja possível começar a trabalhar pela redução efetiva da carga tributária. No momento, em virtude da situação financeira do Estado, a Lei de Responsabilidade Fiscal exige uma compensação para aumentar receita em qualquer movimento de renúncia fiscal, o que não torna possível a redução da alíquota".

  

  

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