AÇÃO NA RAJA

Guarda Municipal não solicitou ajuda da PM para desmonte de acampamento, diz Fuad

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
06/01/2023 às 16:16.
Atualizado em 06/01/2023 às 16:28
 (Fernando Michel/ Hoje em Dia)

(Fernando Michel/ Hoje em Dia)

A Prefeitura de Belo Horizonte não solicitou ajuda da Polícia Militar durante ação, ocorrida nesta sexta-feira (6), para desmontar o acampamento de manifestantes bolsonaristas que protestavam em frente ao 4º Comando do Exército, na avenida Raja Gabáglia.

De acordo com o prefeito Fuad Noman (PSD), o Executivo municipal já vinha planejando a ação e comunicou a ação à Polícia Militar e ao Exército antes da realização, mas não solicitou a participação da corporação e da instituição.

“Era uma tarefa clara da Prefeitura. Nós tínhamos que agir e tínhamos a quantidade de homens necessária para a ação por meio da Guarda Municipal", disse o prefeito durante coletiva à imprensa nesta tarde.

Apesar de não ter sido solicitado o apoio, militares estavam na Raja no momento da ação, realizando o policiamento preventivo. 

Agressão aos jornalistas

Durante a ação de desmonte do acampamento, profissionais da imprensa que faziam a cobertura do fato foram agredidos pelos manifestantes. Um deles teve a câmera derrubada por uma mulher.

De acordo com a PM, os militares não agiram na confusão pois a "instituição não foi acionada via 190 pelos envolvidos".

Também na Raja, na tarde dessa quinta-feira (5), um grupo de manifestantes bolsonaristas cercaram o fotógrafo, de 60 anos, do Hoje em Dia e o agrediram covardemente. O repórter fotográfico estava no local para fazer uma cobertura da manifestação antidemocrática que, há mais de dois meses, ocupa a via em frente ao Comando da 4ª Região Militar do Exército.

O profissional foi socorrido ao hospital com escoriações e um corte na cabeça, passou por uma bateria de exames, entre eles uma tomografia, e foi avaliado por clínicos e cirurgiões para descartar lesões internas. Ele passou mais de 13 horas em observação e recebeu alta na manhã desta sexta. A câmera usada por ele foi levada pelos agressores, e as lentes, destruídas.

As entidades que representam os jornalistas também emitiram nota de repúdio. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG), a Fenaj e a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) pediram que a agressão seja devidamente investigada e os responsáveis, punidos. A Polícia Civil investiga o caso. 

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