FEMINICÍDIO DE 2020

Homem acusado de matar companheira e esconder o corpo é condenado a 23 anos de prisão

Rodrigo de Oliveira
rsilva@hojeemdia.com.br
06/02/2023 às 19:13.
Atualizado em 06/02/2023 às 19:20
 (Mariana Aguiar)

(Mariana Aguiar)

Foi condenado a 23 anos de prisão, nesta segunda-feira (6), Flávio Santos da Silva, acusado de matar a esposa e esconder o corpo. Ele foi julgado nesta segunda-feira (6) no Tribunal do Júri, no Fórum Lafayette, no Barro Preto, região Centro-Sul de BH.

O crime aconteceu em outubro de 2020 e chamou a atenção porque, na época, o rapaz insistia para que a polícia investigasse o caso como desaparecimento.

De acordo com informações do Tribunal, “a pena deverá ser cumprida em regime fechado, inicialmente. E o juiz determinou que o réu continue preso durante a fase de recurso.”

“O réu foi condenado a 20 anos de reclusão pelo homicídio, um ano por ocultação de cadáver e dois anos por fraude processual, totalizando pena total em 23 anos”, relatou o Tribunal. 

Ainda segundo o Tribunal, no julgamento foram ouvidas quatro testemunhas, além do acusado. E o réu foi julgado por homicídio triplamente qualificado, “por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio”. 

Relembre

Segundo a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em 2 de outubro de 2020, desconfiado de que Ana Márcia Gomes Santiago,  esposa do réu na época, estava tendo um caso extraconjugal e a agrediu violentamente. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu.

“Após o crime, ele colocou o corpo da mulher no porta-malas do próprio carro e seguiu até a rodovia BR-262, entre Betim e Juatuba, na região Central do Estado. Ao chegar ao viaduto que passa sobre o rio Paraopeba, o réu jogou o corpo na água. Apesar das buscas realizadas pelo Corpo de Bombeiros, a vítima não foi encontrada”, afirma a denúncia. 

Ainda de acordo com as informações do MPMG, após a denúncia de que Ana Márcia estava desaparecida, a Polícia Civil passou a investigar o caso. 

“O réu começou a alterar a cena do crime, limpando o carro e utilizando o celular da vítima para enviar mensagens à filha, com o objetivo de dar outra conotação ao crime. A farsa foi descoberta e ele foi preso”, relata. 

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