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Audiência de custódia

Homem que se passava por major do Exército terá de usar tornozeleira eletrônica

Suspeito de violência psicológica e falsidade ideológica em BH fica proibido de se aproximar da vítima

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 21/11/2025 às 11:38.Atualizado em 21/11/2025 às 11:57.

A Justiça de Minas Gerais concedeu, na manhã desta sexta-feira (21), liberdade provisória a um homem de 24 anos, preso na quarta (19) após ameaçar a companheira e se passar por major do Exército Brasileiro.

A decisão, assinada durante audiência de custódia, determinou o uso de tornozeleira eletrônica por 120 dias, pagamento de fiança de R$ 3 mil e medidas protetivas. As medidas incluem a proibição de se aproximar da vítima a menos de 200 metros ou manter contato por qualquer meio.

Entendimento da Justiça

O juiz entendeu que, apesar dos indícios dos crimes de violência psicológica contra a mulher e de falsidade envolvendo identidade militar, a prisão preventiva não era necessária.

O réu possui endereço fixo, é primário e foi devidamente identificado, o que permitiu a substituição da custódia por medidas cautelares. A vítima foi intimada da decisão.

Detalhes do caso

O homem foi detido no bairro Nova Suíça, na Região Oeste de Belo Horizonte, após uma denúncia informar que ele estaria armado no corredor de um prédio, ameaçando a companheira e afirmando ser oficial do Exército.

No local, policiais encontraram um simulacro de arma de fogo e peças de farda militar. Segundo o boletim, ele dizia trabalhar no Centro de Inteligência do Exército e chegou a enviar à família da vítima um documento supostamente retirado do Diário Oficial da União, relatando promoção e currículo fictício.

A família relatou que o suspeito pedia dinheiro para cursos e deslocamentos relacionados a uma suposta aprovação na Interpol. Depósitos feitos por parentes da vítima somam cerca de R$ 51,8 mil, segundo o registro.

Durante buscas no apartamento, policiais localizaram certidão de casamento falsa e outro documento supostamente assinado por um "juiz de paz". Imagens registradas pela própria família mostram o casal assinando o documento durante uma cerimônia realizada há cerca de dois meses. À polícia, o homem afirmou que o suposto juiz de paz seria apenas um amigo dentista.

A companheira relatou à polícia ter sido vítima de violência psicológica ao longo do relacionamento. O suspeito já havia sido preso em 2022, em Varginha, no Sul de Minas, quando se passou por médico e apresentou documento falso do Diário Oficial.

O Exército Brasileiro reforçou em nota que o uso indevido de condecorações militares é crime previsto no Código Penal Militar e destacou que o investigado não pertence às Forças Armadas.

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