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Uma equipe formada por 15 técnicos do Ibama de Minas e do Espírito Santo vai realizar, até esta quinta-feira (14), uma inspeção na área atingida pelo rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, em Mariana. Eles avaliarão a situação em 19 pontos, entre a barragem e a hidrelétrica Risoleta Neves (Candonga), em Santa Cruz do Escalvado.
Os profissionais coletarão amostras de água para verificar índices de turbidez e nível de contaminação. Também serão avaliadas as obras já feitas pela Samarco, como a construção dos diques para conter o derramamento de rejeitos, e como deverão ocorrer os trabalhos de limpeza do trecho percorrido.
Até o momento, os diques S1 e S2 já estão assoreados, ou seja, já foram preenchidos pelos rejeitos que ainda descem de Fundão. O dique S3, segundo a assessoria de imprensa do Ibama, ainda está recebendo o material, mas o dique S4 foi isolado porque ao escavarem a estrutura, foi descoberta um muro de uma antiga igreja que tem grande importância arqueológica.
O S3 deve continuar recebendo os rejeitos e, pelo acompanhamento feito, tem conseguido segurar o material, mas a expectativa, segundo a assessoria de imprensa do Ibama, é a de que as obras definitivas para contenção do material sejam finalizadas até dezembro deste ano.
Os técnicos aproveitam o fim do período chuvoso para realizar a inspeção, o que facilita o acesso a lugares mais difíceis, e já prevendo problemas com a poeira durante a estiagem. Mais uma questão que precisará de intervenção.
Em uma outra etapa, será realiza a retirada de resíduos que estão abaixo dos diques. Só em Candonga, há uma parede de 16 metros de altura de resíduos. O Ibama, juntamente com uma equipe de especialistas, está elaborando o projeto para a realização da limpeza nesse trecho.