
Datada do século 18 e tombada como patrimônio histórico municipal, a Igreja de São José, em Barra Longa, na Zona da Mata, segue à espera de restauração há quase dez anos. O templo também foi afetado pelo rompimento da barragem do Fundão em Mariana, em 2015. Na tentativa de cobrar os reparos necessários, o assunto será debatido nesta quinta-feira (18).
Uma audiência pública, organizada pela Assembleia de Minas Gerais (ALMG), será realizada na Câmara Municipal de Barra Longa. A construção foi afetada, em especial, pelo alto tráfego de caminhões na região após o colapso da barragem.
A restauração do patrimônio tornou-se obrigação da Samarco, conforme acordo de repactuação assinado em 2024. Apesar da decisão, até hoje as obras não começaram. As atividades da igreja estão sendo realizadas no salão paroquial, já que há risco de desabamento da estrutura principal.
A Samarco informou que assinou um termo de compromisso com o Ministério Público e demais órgãos competentes para o repasse de recursos financeiros à Arquidiocese de Mariana. Os valores serão destinados à restauração de bens religiosos e culturais em Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo, Gesteira e Barra Longa, incluindo a Igreja Matriz São José de Botas. "Conforme previsto no acordo, a execução das obras ficará sob responsabilidade da Arquidiocese".
Rompimento da Barragem do Fundão
O rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana, ocorreu em 5 de novembro de 2015. Cerca de 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos foram derramados pela bacia do Rio Doce, deixando um rastro de lama até a foz no Espírito Santo.
A tragédia deixou 19 mortos e afetou diversas comunidades na região. Os distritos mineiros de Bento Rodrigues e Paracatu foram destruídos pela enxurrada. Houve impactos ambientais na bacia hidrográfica do Rio Doce, que abrange 230 municípios dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
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