O Centro de Tecnologia de Vacinas (CT Vacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está em processo avançado de teste do imunizante SpiN-TEC MCTI contra a Covid-19.
Em entrevista coletiva no Parque Tecnológico de BH (BHTec), nesta segunda-feira (19), para anúncio das obras do novo prédio da instituição de pesquisa, o coordenador do CT Vacinas e professor da UFMG, Ricardo Gazinelli, falou sobre o estágio avançando da SpiN-TEC MCTI.
"A vacina já ultrapassou o 'vale da morte' e iniciou os testes clínicos de fase 1 há três semanas, que avalia a segurança do imunizante", disse.
Segundo Ricardo, que também é pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Minas, outro imunizante também deve ser testado em breve em humanos, o da malária. Ele está sendo avaliado em animais e deve completar os testes clínicos (em voluntários) em 2023.
O coordenador do CT Vacinas também atualizou o status das vacinas para varíola dos macacos (Monkeypox) e leishmaniose.
"O imunizante contra leishmaniose passou pelos controles de qualidade e deve iniciar os testes em animais, com previsão de entrega no fim de 2023, início de 2024. Já a vacina para Monkeypox está pronta, mas está em fase de montagem dos processos para transferência para o setor industrial, que deve ocorrer ainda em 2023".
Centro Nacional de Vacinas
Ainda nesta segunda (19), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a UFMG anunciaram o início das obras do Centro Nacional de Vacinas no BHTec. Serão investidos R$ 80 milhões em verbas federais e do Governo de Minas e a previsão é que fique pronto em 2025.
De acordo com o presidente do BHTec, Marco Aurélio Afonso, a nova unidade deve colocar o Brasil entre os principais centros de pesquisas científicas do mundo.
"O Brasil é o 14º produtor mundial em pesquisas, mas apenas o 42º em patentes e 70º em transferência de tecnologia. O instituto vai melhorar todos os indicadores para que haja uma entrega maior de produtos finais para a sociedade".
O Centro Nacional de Vacinas funcionará em um prédio de cinco pavimentos. A ideia é que se torne referência no país para o desenvolvimento de vacinas e projetos de inovação na área da saúde, como imunizantes e kits de diagnóstico.
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