Detido em Brasília

Influenciador é preso suspeito de extorquir prefeito e secretários de Santa Luzia

Chefe do Executivo Paulo Bigodinho e o vice Ilacir Bicalho foram alvos de ameaças para pagamento de R$ 100 mil

Ana Luísa Ribeiro*
aribeiro@hojeemdia.com.br
Publicado em 18/09/2025 às 16:26.Atualizado em 18/09/2025 às 16:37.
Polícia Civil prendeu em Brasília suspeito de extorquir o prefeito de Santa Luzia, Paulo Bigodinho, e o vice, Ilacir Bicalho, com ameaças de difamação nas redes sociais (Divulgação/PCMG)
Polícia Civil prendeu em Brasília suspeito de extorquir o prefeito de Santa Luzia, Paulo Bigodinho, e o vice, Ilacir Bicalho, com ameaças de difamação nas redes sociais (Divulgação/PCMG)

Um homem de 42 anos foi preso preventivamente em Brasília, suspeito de extorquir o prefeito de Santa Luzia, Paulo Bigodinho, e o vice, Ilacir Bicalho, além de secretários municipais. Segundo a Polícia Civil (PC), o investigado exigia R$ 100 mil das autoridades para não divulgar conteúdos difamatórios em suas redes sociais, que somam cerca de 300 mil seguidores. 

O inquérito apura os crimes de extorsão, difamação e injúria. A prisão foi realizada na última terça-feira (16), mas só foi divulgada nesta quinta (18). Os secretários ameaçados são de Governo, de Finanças e de Saúde. O suspeito já morou em Santa Luzia e atualmente vive na capital federal. 

“Esse indivíduo vinha exigindo quantias de R$ 100 mil para não divulgar notícias difamatórias, tanto de cunho profissional quanto pessoal, contra essas autoridades”, explicou o chefe do 3º Departamento de Polícia Civil, delegado-geral Helton Cota Lopes.

De acordo com o delegado Fábio Gabrich, titular da 2ª Delegacia de Polícia Civil em Santa Luzia, o investigado alegava ter sido contratado por uma suposta agência para atacar a gestão municipal. Entretanto, dizia poder barrar as publicações caso fosse pago.

“Segundo o investigado, ele precisava ressarcir essa agência para que não mais falasse do atual governo municipal de Santa Luzia e, com isso, ele cobrava a quantia de R$ 100 mil, com um pagamento inicial parcelado e o restante a ser pago posteriormente”, afirmou.

As investigações apontam que a prática criminosa vinha se repetindo desde fevereiro. Conversas e imagens extraídas de celulares das vítimas, além de postagens do suspeito em redes sociais, reforçaram as provas contra ele. 

Uma das vítimas com mais de 60 anos

As inestigações destacam agravantes como o fato de os alvos serem agentes públicos, a utilização das redes sociais para ampliar o alçance das ofensas e o envolvimento de uma das vítimas com mais de 60 anos. Trata-se de uma operação conjunta da PCMG e da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

A Prefeitura de Santa Luzia informou que não irá se manifestar sobre o caso, por se tratar de investigação em andamento sob responsabilidade da PC. 

*Estagiária, sob supervisão de Renato Fonseca

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