Influenciador Gebê foi preso na noite de segunda-feira (30) (Reprodução/ Instagram)
Preso na noite de segunda-feira (30), o influenciador digital Gebê, de 26 anos, faturava cerca de R$ 1 milhão por mês com exploração de jogos de azar. Segundo a Polícia Civil, o influencer tinha contratos com casas de apostas e ganhava uma “comissão” do dinheiro perdido por apostadores nas bets. O suspeito teve dois veículos de luxo apreendidos.
De acordo com o chefe do departamento de fraudes, Magno Machado, os influencers funcionam como “garotos de propaganda de plataformas” geralmente hospedadas fora do país. Ele explica que quanto mais os seguidores perdem dinheiro nas casas de apostas, mais o influenciador lucrava.
“Essas plataformas firmam contratos com influencers e também pagam uma comissão do que o jogador perder. Então, quanto mais os apostadores perderem, mais o influencer digital ganha”, afirmou Magno.
Ainda conforme a PC, o investigado ostentava nas redes sociais. Gebê era conhecido por distribuir uma grande quantidade de dinheiro na rua. Em uma oportunidade, ele encheu o tanque de 500 motocicletas na Grande BH.
O investigado pode responder por exploração de jogos de azar, falsidade ideológica, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
O advogado Jean Tulio Cardoso Neto, que representa o influencer digital, explicou que a prisão, que ocorreu em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, não era necessária, e que será impetrado um Habeas Corpus perante o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Veja nota na íntegra:
"A prisão temporária é tida pela defesa como desproporcional e excessiva, haja vista que outras medidas cautelares já seriam suficientes para salvaguardar a investigação. Basicamente, a prisão foi fundamentada pelo alto potencial econômico de Gebê e sua suposta capacidade de atrapalhar a investigação em razão de sua influência. De todo modo, Gebê tem assumido postura colaborativa e prestará todas as explicações necessárias para esclarecimentos dos fatos. Nossa expectativa é a de que a prisão temporária não seja convertida em preventiva e, com isso, o influencer possa acompanhar as apurações em liberdade. Não obstante, também será impetrado um Habeas Corpus perante o Tribunal de Justiça de Minas Gerais."
*Estagiário, sob supervisão de ...
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