Integrante de torcida organizada do Atlético é condenado a 49 anos por morte de torcedor do Cruzeiro
Acusado está foragido; crime ocorreu antes de clássico contra o Cruzeiro, na capital, em 2022

Um integrante de uma torcida organizada do Atlético foi condenado a 49 anos e 7 meses de prisão em regime fechado pelo assassinato do cruzeirense Rodrigo Marlon Caetano Andrade, de 25 anos, e por uma tentativa de homicídio. A sentença foi proferida nesta quarta-feira (13).
O juiz Luiz Felipe Sampaio Aranha determinou a expedição do mandado de prisão para o acusado, que está foragido e não compareceu à sessão do júri. Ele, no entanto, enviou um vídeo aos advogados confessando o crime.
Em sua decisão, o magistrado destacou que a condenação ocorreu por homicídio e tentativa de homicídio qualificados. Ele ressaltou a gravidade do crime, que foi cometido "em plena luz do dia, em via pública, colocando em risco a vida de transeuntes".
O juiz também frisou que o réu, por ser dirigente de torcida organizada, usou sua posição para instigar a violência, "desvirtuando os valores do esporte". Segundo a decisão, crimes como este têm afastado famílias e torcedores dos estádios, resultando na realização de clássicos mineiros com torcida única.
A defesa do réu pode recorrer da decisão, mas o acusado não terá o direito de recorrer em liberdade.
O crime
O homicídio ocorreu em 6 de março de 2022, horas antes do clássico entre Atlético e Cruzeiro, pela 9ª rodada do Campeonato Mineiro, no Mineirão. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 50 torcedores participaram da confusão na região Leste de Belo Horizonte.
A vítima foi socorrida em estado grave e encaminhada para o Hospital João XXIII. Mas não resistiu aos ferimentos.
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