Irlandês conta com cortesia e vence barreiras para se comunicar em BH

Bruno Moreno - Hoje em Dia
03/06/2014 às 06:44.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:51
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

Tomar um café, pedir um salgado, pegar um ônibus e descer no ponto certo, escolher o almoço, comprar passagem de ônibus para uma cidade turística. Ações simples de serem feitas, muitas vezes, são desafiadoras para um estrangeiro que não fala Português.

Em Belo Horizonte – cidade que ainda recebe poucos turistas de fora do país e por isso conta com pequena parcela da população que se comunica em outras línguas – essas tentativas podem ser ainda mais difíceis. Nas próximas semanas, durante a Copa do Mundo, a capital mineira deve receber até 160 mil estrangeiros, mais que o equivalente ao número de turistas que visitam a cidade anualmente. Fazer com que eles consigam se movimentar e chegar onde querem será um esforço não só para quem visita a cidade, mas também para os nativos.

Entretanto, a boa vontade do belo-horizontino em ajudar quem vem de fora do país supera a lacuna no inglês, a língua mais falada internacionalmente. Em busca de como seria a rotina de um estrangeiro na capital mineira, o Hoje em Dia percorreu alguns dos principais pontos da cidade com o jornalista irlandês Ewan MacKenna, de 29 anos. Casado com uma brasileira há dois anos e meio, ele mora na capital mineira desde novembro do ano passado. Apesar disso, fala poucas palavras em Português.

Assista ao vídeo:

MacKenna adora Belo Horizonte, em especial os bares, e acredita que os turistas serão bem recebidos aqui. Na última quinta-feira, durante o passeio pela cidade, encontrou muitas pessoas que puderam lhe ajudar em sua língua, mas disse que isso não é comum. “Eu tenho algumas dificuldades, normalmente, mas hoje (quinta-feira) encontramos muita gente que falava Inglês. Até o caixa da lanchonete!”, disse, surpreendido.

Apesar disso, o jornalista acredita que em Belo Horizonte os estrangeiros serão bem tratados. “Quando chega alguém de fora, branco como eu (seu apelido aqui é Gasparzinho), as pessoas ficam curiosas, querem conversar, querem ajudar. Isso não ocorre no Rio de Janeiro, por exemplo. Lá, as pessoas estão cansadas dos turistas. Aqui ainda tem poucos turistas e isso causa curiosidade”, avalia MacKenna, que conhece 62 países.
 

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