Justiça manda metrô funcionar 100% no horário de pico na 6ª; sindicato mantém greve

Renata Evangelista
12/06/2019 às 10:12.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:04
 (Maiara Britto/ WhatsApp)

(Maiara Britto/ WhatsApp)

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que o metrô funcione com 100% dos trens na próxima sexta-feira (14), no horário das 05h30 às 10h, e das 16h às 20h. Na data, a categoria anunciou que irá parar as composições e aderir à greve geral marcada para ocorrer em todo o Brasil. 

Apesar da decisão judicial, que estipula multa de R$ 200 mil em caso de descumprimento, o Sindicato dos Metroviários (Sindmetro) garantiu que a paralisação está mantida e nenhum trem irá circular na sexta. A diretora do sindicato, Alda Lúcia Fernandes, disse nesta quarta-feira (12) que o Sindmetro não foi oficialmente notificado sobre a decisão, mas que a paralisação vai acontecer.

Ela explicou que a categoria deve se reunir para discutir os rumos do movimento ainda hoje e, dependendo do resultado, poderá convocar uma nova assembleia com os trabalhadores para novamente votar sobre a paralisação total na sexta-feira.

Ação

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) entrou com ação na Justiça para garantir a circulação mínima dos trens e, ao analisar o caso, o desembargador e 1º Vice-Presidente do TRT Márcio Flávio Salem Vidigal acatou a liminar.

O magistrado ordenou o funcionamento de todos os trens no horário de pico. A segurança, conforme o desembargador, também deverá funcionar com 100% dos funcionários. Além disso, ele determinou que os funcionários das áreas de manutenção de rede aérea, via permanente, sistemas fixos e oficina de manutenção trabalhem durante 4h30. 

Já a área de material rodante deverá funcionar por no mínimo 16h diárias. "Fora do horário da escala mínima garantir-se-á, no mínimo um trabalhador na sala de comando e nas torres de controle dos pátios São Gabriel e Eldorado e um trabalhador no Posto de Comando Local de Vilarinho, desde a preparação até o recolhimento dos trens", ordenou o Vidigal.

Dia Geral de Greve

A paralisação virá como manifesto contrário à Reforma da Previdência, à falta de investimentos na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e à possível privatização da empresa, informou a dirigente. 

Transporte

Segundo a CBTU, a BHTrans, a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) e a Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes de Contagem (Transcon) foram comunicadas sobre a escala mínima para aumentar a circulação de ônibus no horário em que não haverá trens.

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