Caso Ronaldo Batista

Justiça mantém prisão de ex-vereador de Belo Horizonte acusado de mandar matar rival

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
29/06/2022 às 15:28.
Atualizado em 29/06/2022 às 15:32
Ex-vereador de Belo Horizonte Ronaldo Batista é suspeito de mandar matar sindicalista  (KAROLINE BARRETO/CMBH)

Ex-vereador de Belo Horizonte Ronaldo Batista é suspeito de mandar matar sindicalista (KAROLINE BARRETO/CMBH)

O ex-vereador de Belo Horizonte, Ronaldo Batista, vai continuar em prisão preventiva, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou habeas corpus solicitado pela defesa do político.

Ronaldo Batista é acusado de pagar R$ 40 mil pela morte de Hamilton Dias de Moura, seu adversário no movimento sindical do setor de transportes. Além de sindicalista, a vítima também era vereador de Funilândia, região central do Estado, e foi morto após ser atraído para uma emboscada em Belo Horizonte e atingido por 12 tiros, próximo a estação Vila Oeste, do metrô na capital mineira.

Segundo a acusação, o crime teria sido motivado pelas denúncias que a vítima fez à imprensa e ao Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre supostos desvios de dinheiro de uma entidade sindical. Em razão das denúncias, o suspeito de homicídio foi condenado ao ressarcimento de R$ 6 milhões e sofreu o bloqueio de R$ 500 mil em seu patrimônio.

Além disso, de acordo com o Ministério Público, Morais seria líder da organização criminosa conhecida como Máfia de Sindicatos, que praticaria diversos delitos – inclusive com a participação de agentes de segurança pública –, como a intimidação de adversários para manter seu domínio no meio sindical.

“A prisão preventiva está fundamentada também para conveniência da instrução processual, tendo em vista que as testemunhas, em especial os familiares da vítima, afirmaram ter medo de represálias da organização criminosa que o agravante supostamente comandava”, afirma trecho da sentença do ministro Joel Ilan Paciornik, que manteve a prisão preventiva.

Defesa

No habeas corpus, a defesa negou qualquer ligação com o crime e disse que a decisão do juiz de primeira instância, que decretou a prisão do ex-vereador, foi baseada unicamente em delações premiadas e não poderiam ser utilizadas como única prova para decretar a prisão.

Contudo, o ministro considerou que não houve nenhum constrangimento ou abuso no uso da prisão preventiva e entendeu que ela se adequava à situação, pois testemunhas alegaram estar com medo de represálias por parte do ex-vereador Ronaldo Batista. 

A reportagem entrou em contato com a defesa do acusado para que ela se manifestasse sobre a decisão judicial, mas ainda não obteve retorno.

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