'Chargebacks'

Justiça mineira determina mediação para estornos de cartão no caso 123 Milhas

Empresas em recuperação, financeiras e bandeiras de crédito devem participar de tratativas privadas sobre chargebacks

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 21/10/2025 às 12:13.
 (Rafa Neddermeyer / Agência Brasil)
(Rafa Neddermeyer / Agência Brasil)

A Justiça de Minas Gerais determinou a abertura de uma mediação privada para solucionar o impasse sobre os chargebacks — estornos de pagamentos feitos por cartão de crédito — no processo de recuperação judicial do grupo 123 Milhas.

A decisão foi proferida pela juíza Cláudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte. O procedimento será conduzido pela Câmara de Mediação e Arbitragem Converge Resolve Ltda, sediada em Cuiabá (MT).

De acordo com a determinação, deverão participar das tratativas as empresas em recuperação, instituições financeiras, bandeiras de cartão de crédito, credenciadoras de maquininhas de pagamento e entidades civis, como o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Indec), a Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag) e a Associação Brasileira de Liberdade Econômica (Able).

“No atual e moderno Sistema de Justiça, consagra-se a ideia da busca de meios alternativos de solução de conflitos, tais como a mediação ou conciliação, antes do pronunciamento judicial de mérito”, afirmou a magistrada na decisão.

A juíza ressaltou que a mediação não será realizada apenas se todas as partes envolvidas manifestarem desinteresse no procedimento.

Os valores retidos de estornos de pagamentos por cartão de crédito ultrapassam R$ 5 milhões. Os recursos ficaram bloqueados após as instituições financeiras alegarem o direito de compensar os estornos realizados por consumidores que cancelaram compras antes do pedido de recuperação judicial da empresa.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) já havia determinado anteriormente que esse montante permanecesse em conta judicial até uma decisão definitiva.

O processo de recuperação do grupo 123 Milhas envolve mais de 772 mil credores e é considerado o maior do país em número de possíveis beneficiários.

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