Justiça prorroga prisão preventiva de promotor denunciado pela morte da mulher em BH

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
04/08/2021 às 14:32.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:36
Companhia aérea é condenada a indenizar passageiro (Divulgação/TJMG)

Companhia aérea é condenada a indenizar passageiro (Divulgação/TJMG)

A prisão preventiva de um promotor de Belo Horizonte, denunciado pelo assassinato da mulher dele, em um apartamento na região Centro-Sul da capital, foi prorrogada pela Justiça nesta quarta-feira (4). Além disso, a guarda dos cinco filhos do casal foi transferida para o ex-advogado do jurista.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a extensão da detenção do homem foi decidida pela relatora do caso, a desembargadora Márcia Milanez, após alinhamento unânime nesse sentido pelo Órgão Especial do TJ.

Conforme a magistrada, a prisão preventiva foi mantida com base no Código Penal, que determina a revisão da necessidade de manutenção do mandado de detenção a cada 90 dias, sob pena de tornar-se ilegal. O promotor foi preso em 4 de abril deste ano, dois dias após a morte da esposa. Ele foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em 30 de abril.

Na determinação, a juíza falou em "periculosidade manifesta do denunciado", que, segundo ela, "representa um risco a uma futura e eventual instrução processual, inclusive por implicar vislumbrável temor nas testemunhas do caso", além de outros argumentos.

A aceitação ou não da denúncia feita pelo MPMG em relação ao promotor será definida na próxima quarta-feira (11), às 13h30, pelo Órgão Especial do TJMG. O promotor foi denunciado pelo crime de homicídio qualificado, por se tratar de feminicídio, além de motivo torpe, asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Guarda dos filhos

A guarda dos cinco filhos do promotor com a mulher, sendo eles três crianças e dois adolescentes, entre três e 17 anos, foi transferida para o ex-advogado do jurista neste mês. Após a morte da vítima, em abril, os cuidados dos menores de idade foram entregues a um médico gastroenterologista, amigo da família.

De acordo com esse profissional, a guarda foi repassada pelo Juizado de Menores de forma temporária, o que se encerrou no fim de julho, após quatro meses. Segundo ele, o juiz ofereceu a tutela ao avô, que não aceitou, mas o ex-advogado do promotor se manifestou para cuidar das crianças. As informações foram divulgadas com exclusividade pela rádio Itatiaia nesta quarta.

A reportagem tenta contato com o ex-advogado do promotor, mas ainda sem sucesso. O médico e o avó das crianças não foram localizados.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por