Justiça valida demissão de auxiliar de limpeza acusada de furtar fones em hospital de BH
Ex-funcionária não receberá indenização após rastreamento de fone de ouvido apontar inconsistências na sua versão

Uma auxiliar de limpeza, acusada de furtar um par de fones de ouvido de um médico em um hospital de Belo Horizonte, teve o pedido de demissão validado pela Justiça e não receberá indenização. A decisão é da Justiça do Trabalho da capital e encerra o caso, que já está em fase de execução.
A ex-funcionária afirmou que encontrou os fones em um banheiro e planejava devolvê-los. No entanto, registros de ponto mostraram que ela não trabalhou no dia informado, e o boletim de ocorrência apontou que o aparelho foi rastreado até endereços ligados ao marido da trabalhadora, em Nova Lima e no bairro Salgado Filho, onde o objeto teria sido colocado à venda.
Para a juíza Raquel Fernandes Lage, as provas revelam que não houve coação no pedido de demissão. Segundo a sentença, a autora demonstrou “pouco compromisso com a verdade” e omitiu a posse dos fones por vários dias, sendo confrontada apenas após o rastreamento do item.
Com isso, a Justiça negou também o pedido de R$ 10 mil de indenização por danos morais e confirmou o desligamento como demissão voluntária, afastando o pagamento de verbas típicas de dispensa sem justa causa, como aviso-prévio e multa sobre o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Leia mais: