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Terça-Feira,30 de Abril

Ladrão "amador" comanda ataque a caixas eletrônicos

Carlos Calaes - Hoje em Dia
04/04/2013 às 06:53.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:31

Por dia, quatro caixas eletrônicos são alvos de criminosos em Minas, em média, segundo investigações sigilosas da Polícia Civil. Nos primeiros três meses deste ano, 122 terminais de autoatendimento – 95 em cidades do interior e 27 na capital e Região Metropolitana de Belo Horizonte – foram saqueados. Na maioria das vezes, as investidas contra os equipamentos são feitas por ladrões amadores, com pouco conhecimento sobre explosivos.

Com o aumento da vigilância e a instalação de portas giratórias e detectores de metais nas agências, os assaltos “convencionais” praticamente acabaram. Restaram aos bandidos o “golpe do sapatinho” e os ataques diretos aos caixas eletrônicos.
A primeira modalidade é usada por quadrilhas organizadas e evita o confronto direto com a polícia. Os criminosos obrigam o gerente a tirar dinheiro da agência em troca da soltura dos parentes, mantidos reféns pelos ladrões.

Inexperientes

Já os bandos organizados de ataque aos terminais de autoatendimento são poucos, segundo a polícia. As investigações mostram que, fora algumas exceções, os assaltantes não têm conhecimentos técnicos sobre explosivos.

Segundo levantamentos, equipamentos instalados em agências bancárias, supermercados ou postos de combustíveis são os mais cobiçados. Eles são atacados principalmente à noite ou de madrugada.

Diante disso, a Polícia Militar tem ampliado as rondas noturnas nas proximidades desses alvos.

Bagunça

“Trata-se de uma atuação improvisada e bagunçada. Muitos dos criminosos que atacam os caixas eletrônicos são pessoas que, durante o dia, exercem profissões regulares e lícitas”, revela um policial civil que prefere o anonimato.

Uma das consequên-cias é o número de arrombamentos com explosivo comum que não deram “certo”.

“Não se trata de colocar a dinamite e acender o pavio. Há uma técnica que, felizmente, é desconhecida pela maioria dos bandidos”, diz o policial.
Mesmo quando os “amadores” não conseguem arrombar o terminal, o estrago que causam nas instalações físicas do estabelecimento que abriga o caixa eletrônico é grande.

Como a responsabilidade dos bancos se restringe a instalar o equipamento sem providenciar vigilância para o local, no caso de postos de combustível e supermercados, por exemplo, os prejuízos causados pela explosão recaem sobre os donos dos pontos comerciais. Por isso, vários têm optado por banir os caixas das lojas.

Os números da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) sobre ocorrências em caixas eletrônicos são diferentes, pois se referem a inquéritos finalizados. 

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