A secretária de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Bárbara Botega, anunciou nesta quarta-feira (24) que uma embarcação de turismo deve começar a navegar na Lagoa da Pampulha entre dezembro deste ano e janeiro de 2026. A informação foi revelada durante o anúncio de investimentos para a despoluição do cartão postal de Belo Horizonte.
“Nós estamos trabalhando em conjunto com a Copasa um projeto turístico, já em dezembro ou janeiro vamos ter, depende do processo de licenciamento, mas vamos ter um barco. Com recursos garantidos para ter esse barco turístico rodando com 80 passageiros, 3 saídas por dia. Inclusive com conversas avançadas com a prefeitura”, afirmou a secretária.
A embarcação, que seria um catamarã, terá passeios gratuitos para a população. Segundo a secretaria, o barco já está pronto, com licenciamento aprovado, sendo adaptado para iniciar os passeios.
"Inicialmente será gratuito, a gente está analisando como vão ser essas retiradas de ingresso, mas muito provavelmente pela internet, de acordo com a disponibilidade. A pessoa vai entrar no site e fazer a retirada desses ingressos. É um projeto cultural patrocinado pela Copasa", completou.
Investimentos para despoluição da Lagoa
O Governo de Minas anunciou nesta quarta-feira (24) que irá investir R$ 23 milhões para ações de despoluição da Lagoa da Pampulha e revitalização da avenida Otacílio Negrão de Lima, em Belo Horizonte. Segundo o vice-governador Mateus Simões, o investimento prevê a implantação de redes de água e esgoto, além de revitalização de duas estações de bombeamento, usadas para o tratamento da água.
“São mais de R$ 20 milhões que estão sendo anunciados hoje. Essa verba é para a construção de 12 km de rede de captação de esgoto, sendo 1 km em BH e mais de 11 km em Contagem. (...) Vamos fazer com que a Lagoa da Pampulha volte a ser o que foi projetado por Oscar Niemeyer, para que a gente possa voltar a ter o nosso cartão postal comemorado”, disse o vice-governador.
Conforme o Executivo estadual, serão criadas 740 novas ligações de esgoto em Belo Horizonte e Contagem (sendo 270 na comunidade Guarani Kaiowá), travessias e 11.240 metros de redes coletoras, sendo 10.306 metros em Contagem e 934 metros em BH.
Para o vice-governador, a água da Lagoa da Pampulha “já está limpa e sem risco de contaminação”, mas ainda são necessários avanços para permitir o uso da bacia.
"Não está limpa o suficiente para beber, já que essa água não foi tratada para ser potável, mas o suficiente para ter vida na lagoa, sem risco de contaminação para os funcionários que trabalham aqui, em condições de ter um barco lá dentro. Quero chegar no ponto do Rio Sena (na França)", afirmou.
Leia mais: