
Está previsto para junho deste ano a abertura de licitações para início das obras no Aeroporto Mário Ribeiro, em Montes Claros, no Norte de Minas. O mesmo deverá acontecer com os outros 269 aeroportos regionais do país que foram contemplados pelo “Programa de Investimentos em Logística: Aeroportos” anunciado pela presidente Dilma Rousseff (PT).
Apesar de o anúncio de ampliação do serviço pelo governo federal, a Secretaria de Aviação Civil (SAC) não tem estimativa de quando as obras de fato irão começar. Em todo o país, as ações de melhoria em infraestrutura e qualidade do serviço aeroportuários terão investimento de R$ 7,3 bilhões. Em Minas, 33 terminais serão contemplados com recursos estimados em R$ 815,5 milhões.
Além de Montes Claros, Uberaba e Uberlândia devem receber as maiores intervenções no quesito ampliação de pista para pouso e decolagem, área de embarque e desembarque de passageiros e cargas. A Infraero não detalha as modificações, mas confirma as obras.
Atualmente, de acordo com a SAC, os aeroportos estão realizando os Estudos de Viabilidade Técnica (EVT) para levantar as necessidades de cada terminal. Depois de analisadas as demandas, serão elaborados pré-projetos para autorização das ordens de serviço.
Com o movimento de 112 mil passageiros nos quatro primeiros meses deste ano, o aeroporto de Montes Claros opera apenas com duas companhias aéreas e só para um destino: Belo Horizonte. Para aguardar o check-in sentado, é preciso sorte: o saguão, de 706 metros quadrados, tem oito poltronas.
O destino único é alvo de muita reclamação entre os passageiros. “Espero que as opções de destino aumentem. Não temos nem mesmo opção de companhia aérea, o que é péssimo”, disse o gerente financeiro Caio César Marciano, de 23 anos.
Para o presidente da Fiemg regional Norte de Minas, Adauto Marques Batista, se a ampliação do terminal sair do papel, novos investimentos irão movimentar a economia do Norte de Minas. “Montes Claros já abriga várias indústrias de segmentos importantes. O porto seco do aeroporto irá proporcionar um melhor escoamento da produção”.