
A ação de lideranças dos camelôs tem sido fundamental para que os protestos sigam sem episódios de violência. Depois de dois dias marcados por alguns conflitos, as manifestações de ontem ocorreram com mais tranquilidade no hipercentro.
Uma das pessoas que está à frente do movimento é o vendedor de bolsas Bruno Jorge. A todo momento, durante as passeatas realizadas nas ruas da região, ele pedia calma e impedia que os mais exaltados chegassem perto das lojas, fechando as portas à força.
Quem também pediu calma aos manifestantes foi Cheila Cristina Ribeiro de Almeida que, de posse de um megafone, reforçava o pedido para que camelôs não entrassem em conflito com os vendedores.
Para a ambulante Vera Lúcia Teixeira, é difícil controlar um protesto com a presença de muitas pessoas. Mas, segundo ela, até mesmo a Polícia Militar e a Guarda Municipal já identificaram quem está nas ruas para protestar e quem veio fazer bagunça.
“Em toda manifestação não tem como impedir que várias pessoas entrem. Algumas aproveitam para bagunçar. Uma coisa é manifestar, outra quebrar”, afirma.