(Flávio Tavares)
Duas linhas de ônibus que operam em Belo Horizonte registraram, desde 2018, mais de um caso de importunação sexual. A linha 50 (Estação Pampulha/ Centro) lidera o ranking com um registro em 2018, três em 2019 e um este ano. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (27) pela PBH como parte da nova fase da "Campanha Contra a Importunação Sexual a Mulheres no Transporte Coletivo".
Já a linha 65 (Estação Vilarinho/Centro) possui dois casos de importunação sexual registrados em 2018 e um este ano. Desde o lançamento da campanha, há quatro anos, a Guarda Municipal já atendeu 95 ocorrências. Além disso, o botão de assédio foi acionado 71 vezes na capitla mineira.
De acordo com o levantamento da Prefeitura, todos os suspeitos de importunação dentro dos coletivos são homens, a maioria entre 31 e 40 anos. Já entre as vítimas, a predominância é de mulheres, mesmo assim, também há o registro de assédio contra cinco homens menores de 18 anos.
Com a nova fase da campanha, a PBH vai passar a registrar, também, o perfil dos autores e as características das ocorrências, como horário, linhas de ônibus com mais de um registro e pontos da cidade onde a vítima sofreu o ataque.
(Maurício Vieira / Hoje em Dia)
Como funciona o botão de assédio?
O dispositivo foi instalado em todos os ônibus da capital e fica próximo ao motorista. Após o botão ser acionado, a empresa consulta o GPS para saber a localização do veículo e aciona o Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH). Uma viatura da Guarda Municipal ou da Polícia Militar é enviada para interceptar o coletivo e conduzir os envolvidos à Delegacia de Mulheres. Segundo a Prefeitura, o tempo entre o acionamento e o atendimento dura, em média, 10 minutos.
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