Mãe e filho assassinados em BH são velados; polícia pede prisão preventiva de suspeito

Renata Evangelista
31/07/2019 às 11:13.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:47
 (Facebook/Reprodução)

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Familiares e amigos de Tereza Cristina Peres de Almeida e Gabriel Peres de Paula, mãe e filho assassinados a tiros em Belo Horizonte, prestam as últimas homenagens na manhã desta quarta-feira (31) no Cemitério da Paz, no bairro Caiçaras, região Noroeste da cidade, onde os corpos estão sendo velados. O sepultamento está previsto para às 16h, na mesma necrópole.

Tereza Cristina e Gabriel foram assassinados a tiros na noite de segunda-feira (29), quando voltavam da academia, no bairro Ipiranga, região Nordeste da capital mineira. O principal suspeito do crime é o ex-companheiro da mulher.

Após o duplo homicídio, o homem, de 33 anos, fugiu e ainda não foi preso. Na madrugada desta quarta, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do suspeito. "A medida se justifica por ser essencial para as investigações. Além disso, após a morte da ex-namorada e do filho dela, o principal suspeito desapareceu", informou a instituição.

Em nota, a polícia garantiu que "as investigações continuam e, mesmo que a prisão ainda não tenha sido deferida, equipes do Núcleo Especializado na Investigação de Feminicídio continuam à procura do homem".

Histórico de violência

Desde 2017, Tereza Cristina Peres de Almeida, que trabalhava como agente de combate de endemias, foi pelo menos cinco vezes à delegacia denunciar o companheiro por ameaças e agressões. Neste período, por três vezes a Polícia Civil pediu à Justiça medidas protetivas. Em março deste ano, devido à reincidência das ameaças e agressões, foi solicitada a prisão preventiva do homem, que foi negada pela Justiça. 

Para justificar a negativa, a juíza Maria Aparecida Teresa Consentino, do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, alegou que o único pedido feito pelas delegadas que atuavam no caso foi por difamação, já que o suspeito divulgou fotos íntimas da ex-namorada em um perfil falso na internet. A magistrada explicou que o crime de difamação não cabe prisão.

A polícia rebateu e garantiu que o inquérito solicitava a prisão do suspeito por ameaça, que é passível a reclusão, e que o crime de difamação foi citado no inquérito para reforçar a periculosidade do suspeito. "A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que o pedido de prisão preventiva foi embasado em procedimento relacionado às investigações de crimes de ameaças, distribuído em 22 de março de 2019", declarou a instituição, por meio de nota.

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