Mãe e padrasto prestam depoimento em Contagem após suspeita de agressão à criança de nove meses

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
13/01/2020 às 21:50.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:16
 (Fredericus Augustus /Divulgação)

(Fredericus Augustus /Divulgação)

A mãe e o padrasto de uma criança de nove meses, que está internada em estado gravíssimo na Maternidade Municipal de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estão prestando depoimento na delegacia de plantão da cidade, na noite desta segunda-feira (13), após os médicos constatarem que a criança pode ter sido vítima de esganadura.

Segundo a Polícia Militar, a vítima foi socorrida para a Upa Ressaca já desacordada. Por causa da gravidade do quadro, médicos da unidade de saúde acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e ela foi transferida para a maternidade. A criança apresentava uma marca roxa no pescoço, lesão condizente com esganadura e respirava com a ajuda de aparelhos.

Após o agravamento do estado de saúde, os médicos da maternidade aconselharam a mãe, de 28 anos, a acionar os militares. Ela contou que foi acordada pelo companheiro, alegando que eles precisavam levar a criança ao médico, pois ela estava desacordada no chão da cozinha.

Já na versão do padrasto, de 25 anos, o casal estava em um churrasco e consumiu muita bebida alcoólica. Preocupado com a filha, ele teria pedido que mulher fosse embora e cuidasse da criança, que estava dormindo na casa de uma tia dele.

Ainda segundo o padrasto, por volta das 02h00 do sábado (11), ele voltou para casa e encontrou a criança sentada no chão da cozinha, vestida apenas com uma camisa e a fralda. Ele teria pegado a menina no colo e colocado na cama, ao lado da mãe.

Ele saiu novamente e, ao retornar, dormiu. Por volta das 09h ele afirmou que acordou e foi buscar a menina para tomar banho, momento em que notou que ela estava "mole" nos braços da mãe.

A equipe médica esclareceu para a polícia que, embora não pudessem afirmar, as marcas encontradas no corpo da criança, somadas à falta de oxigênio no cérebro, constatado por exames, levantavam a hipótese de que o bebê poderia ter sido vítima de sufocamento.

“O serviço social, após constatar o estado grave e as marcas que sugerem esganadura, aconselhou a mãe a acionar a PM. Eles foram levados para a delegacia para prestar depoimento, uma vez que apresentam versões diferentes para o ocorrido”, explicou o sargento Luciano Fernandes, da 26ª Cia, do 39º BPM, que está à frente da ocorrência.

Até o fechamento da reportagem, o casal ainda estava prestando depoimento na delegacia de plantão de Contagem, na Grande BH.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por