Marília Cristiane Gomes, de 19 anos, que confessou ter matado o próprio filho, um menino de 2 anos, e depois ocultado o corpo dentro de um sofá foi indiciada por homicídio por dolo eventual (quando a pessoa assume o risco do crime), além de ocultação de cadáver. O assassinato ocorreu no dia 27 de julho deste ano em Ibirité, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

 

Conforme o delegado Davi Batista, da 9ª Delegacia de Homicídios de Ibirité, do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), se a mulher for condenada pela Justiça poderá ficar até 23 anos na prisão. O crime de homicídio por dolo eventual prevê pena de 6 a 20 anos e ocultação de cadáver de 1 a 3 anos de detenção.

 

Segundo a Polícia Civil, Marília confessou que matou Keven Gomes Sobral e que escondeu a criança dentro do sofá da casa dos tios do garoto. Em depoimento, a mulher disse que no dia 24 de julho estava em casa, lavando roupas, quando o garoto tentou usar o seu celular. Ela teria tirado o celular das mãos de Kevin, mas a criança teria revidado lhe dando alguns tapas. 

 

Irritada, após repreender o menino, Marília teria pegado-o pelos dois braços e jogado-o na cama. Foi neste momento que a criança teria batido com a cabeça na parede. A suspeita alegou ainda que Kevin ficou com a boca roxa e uma secreção esbranquiçada começou a sair da boca dele. Marília disse que ficou assustada com o ocorrido e, no desespero, enrolou o seu filho em um lençol, o levou para a casa dos tios e o colocou dentro do sofá.

 

Investigações

 

Avaliação inicial do Instituto Médico Legal (IML) de Betim apontou que, aparentemente, o garoto morreu por traumatismo craniano. Porém, de acordo com a Polícia Civil, somente o laudo da necropsia poderá precisar se a criança morreu antes ou depois de ser colocada dentro do sofá.