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Quinta-Feira,25 de Abril

Má distribuição das áreas verdes deixa BH cada vez mais cinza

Alessandra Mendes - Hoje em Dia
09/06/2013 às 08:25.
Atualizado em 20/11/2021 às 18:57


Pode até não parecer, mas Belo Horizonte está acima do que a Organização das Nações Unidas (ONU) considera como percentual ideal para cidades adequadamente arborizadas: 12 metros quadrados de área verde para cada habitante. A capital mineira tem 18, de acordo com o levantamento que integra os Planos Diretores Regionais – a serem finalizados até o fim do próximo mês. O que não significa, necessariamente, algo positivo, já que as discrepâncias entre as nove regiões da cidade são imensas.

Enquanto o Barreiro lidera o ranking, com uma quantidade de área verde quase cinco vezes acima do recomendado pela ONU (59 m²) – explicada pela presença das serras do Rola-Moça e do Curral –, a região Noroeste amarga a última posição, com 2 m², seis vezes menos que o preconizado.

“De nada adianta ter o índice ideal, ou um número acima dele, se não houver uma distribuição homogênea. No Barreiro, todo o verde está concentrado em uma área e não há interação com os bairros e moradores”, explica a arquiteta e urbanista da Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento Urbano, Luciana Moreira.

A situação da Regional Noroeste é ainda mais delicada. Além de ter um número muito baixo de áreas verdes protegidas, a região ainda não dispõe de locais que podem ser dedicados para esse fim. “Todo o perímetro conta com apenas três áreas de mata significativa e a densidade construtiva limita uma mudança no cenário atual”, avalia outra integrante da equipe responsável pela elaboração dos planos Gisella Lobato.

ALTERNATIVAS

Para atender às necessidades distintas das regionais e visando a ampliação das áreas verdes protegidas em BH, uma proposta de melhoria será apresentada na próxima Conferência Municipal de Políticas Urbanas, cuja data ainda não foi definida.
A ideia é criar soluções para cada uma das regionais e multiplicar exemplos que deram certo. “Propomos a criação de um sistema que interligue as áreas verdes, como corredores que sigam cursos d’água, e aumento do número de parques lineares”, afirma Luciana.

Para as regionais com capacidade limitada de criação de espaços, a aposta é em avenidas verdes transformadas em parques lineares, como é o caso da José Cândido da Silveira, na região Nordeste de BH.

Para as outras, a proposta é de parques como o Primeiro de Maio, no bairro de mesmo nome, e o Nossa Senhora da Piedade, no Aarão Reis, ambos na região Norte. “Não basta apenas criar a área, temos que inseri-la em um contexto e vinculá-la à população, como acontece nesses locais. Só assim, garantimos uso e preservação do local”, aponta a arquiteta da prefeitura Laura Rennó.

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