Serasa

Mais de 1 milhão de pessoas estão endividadas em BH; quase 500 mil têm débitos com bancos

Em todo estado, 7 milhões de pessoas enfrentam a inadimplência, e entre elas, 3 milhões possuem dívidas bancárias

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 18/06/2025 às 09:22.Atualizado em 18/06/2025 às 09:46.
 (Fernando Michel/Hoje em Dia)
(Fernando Michel/Hoje em Dia)

Mais de 1 milhão pessoas estão endividadas em Belo Horizonte e 460 mil enfrentam dívidas contraídas junto a instituições bancárias. Segundo o Serasa, os números refletem a realidade econômica do estado e o impacto direto da inadimplência no dia a dia dos mineiros.

Em Minas Gerais, 7 milhões de pessoas enfrentam a inadimplência, e entre elas, 3 milhões possuem dívidas bancárias. Além disso, 995.851 consumidores têm contas em atraso, o que evidencia o peso das pendências financeiras no estado. 

Já no Brasil, a inadimplência atinge 77 milhões e 35 milhões deles estão "pendurados" com dívidas junto a bancos. Ao menos 50 milhões delas abriram programa de renegociação em parceria com o Serasa e os Correios, onde é possível rediscutir e quitar os valores pendentes para voltar a ter o "nome limpo" na praça. O mutirão vai até 30 de junho.

Com foco apenas nos débitos bancários, que representam a maior parcela das dívidas dos brasileiros, o "Desbanca"  permite parcelamento e descontos que podem chegar a 97% do total devido.

O mutirão disponibiliza mais de 400 milhões de ofertas de negociação com parcelas a partir de R$ 9,90 e possibilidade de quitação de acordos por até R$ 100.

O Mapa de Inadimplência mais recente mostra que o segmento de bancos e cartões de crédito é responsável por 27,8% do total das dívidas que geraram negativação no país em maio. As contas básicas de luz, água e gás, que vêm em segundo lugar, respondem por 20,3% da inadimplência, seguido pelas financeiras, empresas que concedem crédito, mas não são bancos, com 19,3%. 

Pesquisa com devedores

Para traduzir o perfil do endividamento bancário, a Serasa realizou um levantamento com 921 credores de bancos. O recorte da pesquisa confirma que o cartão de crédito é uma dificuldade nacional, mencionado por 69% dos entrevistados. Em seguida, aparecem os empréstimos pessoais (56%) e o uso do cheque especial ou limite da conta corrente (31%).

 As principais justificativas para não honrar os compromissos bancários são a perda de renda ou o desemprego, seguidas pela necessidade de realização de gastos inesperados com questões de saúde ou acidentes e a desorganização financeira.
 
De acordo com o levantamento, 46% dos entrevistados revelam que já tentaram negociar diretamente com o banco, mas não conseguiram. “Nos unimos a mais de 50 grandes bancos justamente para conectar os 35 milhões de brasileiros endividados ao setor bancário, atuando como um elo na negociação”, explica Aline Maciel, especialista da Serasa em educação financeira.

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