MUTAÇÃO PREDOMINANTE

Mais de 50% dos novos casos de Covid em Minas são provocados pela subvariante da Ômicron

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
Publicado em 17/12/2022 às 08:00.
Estudos sobre a subvariante BQ.1 são feitas pelo professor Renan Pedra, do Observatório de Vigilância Genômica de Minas (Fernando Michel/Hoje em Dia)

Estudos sobre a subvariante BQ.1 são feitas pelo professor Renan Pedra, do Observatório de Vigilância Genômica de Minas (Fernando Michel/Hoje em Dia)

Mais da metade dos novos casos da Covid-19 em Minas são provocados pela subvariante da Ômicron, a BQ.1. Mais transmissível, a última cepa descoberta por pesquisadores é responsável por uma disparada de notificações no Estado, observada desde novembro. Médicos e autoridades locais cobram agilidade por parte do governo federal na entrega da vacina bivalente, da Pfizer, que protege contra a mutação.

Conforme boletins divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), somente nos últimos três dias Minas registrou mais de 24 mil casos e 99 óbitos. Apesar do aumento nos diagnósticos, a sublinhagem não tem causado maior pressão no sistema de saúde, quando comparada a outras cepas. 

Além disso, a BQ.1 tem uma letalidade menor. Mas, por ser uma nova cepa, todas as pessoas estão suscetíveis a se contaminar, mesmo as que já testaram positivo para a Covid. 

Estudos
Professor do Observatório de Vigilância Genômica de Minas – iniciativa da UFMG em parceria com a Funed –, Renan Pedra de Souza afirma que os estudos sobre a subvariante BQ.1 ainda estão em andamento para identificar as mutações que fizeram com que essa cepa fosse mais contagiosa.

“Várias variantes surgiram, mas não se tornaram epidemiologicamente importantes. Essa, por alguma razão, e isso precisa ser estudado ainda, é mais infecciosa. Precisamos entender qual característica a fez mais capaz de crescer em frequência em relação às outras”, afirma.

O especialista explica que, apesar de não haver sequenciamento de todos os casos no Estado, é possível afirmar que a BQ.1 já representa a maior parte dos diagnósticos da doença em Minas diante das investigações realizadas, número de confirmações e distribuição dos casos pelo território.

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