Desmatamento

Mais de R$ 9 milhões em autuações são aplicados, em 3 dias, por crimes ambientais em Minas

Alvos da Operação 'Mata Atlântica em Pé' estão nas regiões dos vales do Jequitinhonha e Mucuri

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
29/09/2023 às 15:15.
Atualizado em 29/09/2023 às 15:18
Os fiscais ainda apreenderam 12.780 metros cúbicos de lenha nativa e 192 metros cúbicos de carvão nativo, além de dois animais silvestres, um trator, um caminhão e duas motosserras (Eric Bezerra/MPMG)

Os fiscais ainda apreenderam 12.780 metros cúbicos de lenha nativa e 192 metros cúbicos de carvão nativo, além de dois animais silvestres, um trator, um caminhão e duas motosserras (Eric Bezerra/MPMG)

Mais de R$ 9 milhões em autuações foram aplicados em Minas por crimes ambientais durante três dias de operação contra desmatamento na Mata Atlântica. Foram flagrados quase 1.020 hectares de supressão de vegetação nativa.

Entre os dias 19 e 22 de setembro, as equipes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), Polícia Militar do Meio Ambiente e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fiscalizaram 71 alvos suspeitos de práticas de crimes ambientais nos vales do Mucuri e Jequitinhonha, no Norte de Minas.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29) pelo MPMG. As ações de fiscalização ocorrem simultaneamente em 17 estados que possuem cobertura desse ecossistema. Em Minas, 55 alvos foram autuados por infração ambiental, com valores que ultrapassam R$ 9 milhões.

Os fiscais ainda apreenderam 12.780 metros cúbicos de lenha nativa e 192 metros cúbicos de carvão nativo, além de dois animais silvestres, um trator, um caminhão e duas motosserras. Os responsáveis pelo desmatamento podem responder judicialmente nas esferas cível e criminal, além de estarem sujeitos às sanções administrativas relacionadas aos registros das propriedades rurais.

“Em Minas Gerais, a Mata Atlântica ocupa 40% do território e é um dos biomas mais importantes para as presentes e futuras gerações. O Ministério Público, em conjunto com o Governo do Estado, está comprometido com a ampliação das fiscalizações e na busca pelas devidas sanções jurídicas e administrativas para os infratores”, explica o promotor de justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do Ministério Público de Minas Gerais (Caoma-MPMG), Carlos Eduardo Ferreira Pinto.

Participaram das ações em Minas 41 policiais militares, 30 técnicos da SEMAD, 12 servidores do Ibama, além de quatro militares do Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Caoma) do MPMG. 

A maioria dos alvos fiscalizados está na região dos vales do Jequitinhonha e Mucuri, em 21 municípios: Almenara, Aricanduva, Cachoeira de Pajeú, Capelinha, Catuji, Chapada do Norte, Itaipé, Itamarandiba, Itaobim, Jacinto, Jequitinhonha, Ladainha, Malacacheta, Medina, Minas Novas, Novo Cruzeiro, Pedra Azul, Ponto dos Volantes, Poté, Setubinha e Teófilo Otoni.

Sobre a ação

A Operação Mata Atlântica em Pé é uma ação conjunta entre os Ministérios Públicos nos estados e demais órgãos ambientais, coordenada nacionalmente pelo Ministério Público do Paraná. As ações de fiscalização ocorrem simultaneamente em 17 estados da Federação que possuem cobertura desse ecossistema.

Durante a operação, as equipes de fiscalização visitam áreas identificadas com possível ocorrência de degradação. As localizações são mapeadas principalmente a partir da utilização de tecnologia do projeto MapBiomas, ferramenta que permite a obtenção de imagens de satélite em alta resolução para a constatação de desmatamentos. Quando detectados os ilícitos ambientais, os responsáveis são autuados e podem responder judicialmente. 

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