
O Zoológico de Belo Horizonte celebra o nascimento de mais um cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus). O filhote, um macho que completou um mês de vida em 14 de agosto, está em uma área restrita, recebendo a atenção dos outros membros da família e os cuidados necessários dos técnicos da instituição.
Além do caçulinha (que recebeu o nome de Anaquim), a família é composta pela mãe Valentina, o pai Kuara e a irmã Jade, essa também nascida no zoológico da capital, em 10 de agosto do ano passado.
Segundo o Zoo, ambos os nascimentos, registrados em um período de pouco menos de 12 meses, reafirmam o destaque da instituição nos esforços nacionais de preservação da biodiversidade e, principalmente, desta espécie nativa brasileira.
O cervo-do-pantanal, maior espécie de cervídeo da América Latina, consta na lista de espécies ameaçadas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês) na categoria “Vulnerável” à extinção na natureza.
Em alguns estados brasileiros, inclusive Minas, ele já é considerado criticamente em perigo de extinção. Atualmente, a distribuição do animal pelo país mostra-se bastante reduzida e fragmentada, sendo que as maiores concentrações podem ser observadas no Pantanal brasileiro.
De acordo com a bióloga e gerente da Seção de Mamíferos, Valéria Pereira, o nascimento desses filhotes representa a consolidação de um trabalho de longa data.
“O Jardim Zoológico da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica vem participando das ações para o Plano de Manejo da espécie desde 1998, com o recebimento de um macho e duas fêmeas vindos do empreendimento em Porto Primavera - São Paulo. De lá para cá, registramos nove nascimentos de filhotes de cervo-do-pantanal e a entrada de mais quatro indivíduos no Zoo da Fundação”, esclarece.
A bióloga explica ainda que, como é estabelecido em programas de cooperação e manejo para conservação de espécies ameaçadas, o monitoramento da população de cervo-do-pantanal nas instituições brasileiras tem o intuito de evitar a perda da variabilidade genética da população e ocorre por meio dos pareamentos selecionados e coordenados pelo responsável pelo programa.
“Dessa forma, é de suma importância seguirmos as determinações do Plano de Ação Nacional dos Cervídeos com relação às transferências de animais e aos novos pareamentos visando a reprodução desta espécie”, conclui.
* Com informações da PBH
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