Major da PM pede que pais retirem filhos de confronto na Pampulha

Tabata Martins - Hoje em Dia
Publicado em 22/06/2013 às 19:00.Atualizado em 20/11/2021 às 19:23.
O major Gilmar Luciano, chefe da sala de imprensa da Polícia Militar, pediu para que os pais retirem seus filhos do confronto que ainda acontece entre policiais e manifestantes na região da Pampulha, na noite deste sábado (22). "Peço a compreensão de todos os mais velhos que liguem para os seus filhos e façam com que eles saem do entorno do Mineirão. O recado já foi dado e, agora, o que resta nas ruas são os verdadeiros baderneiros", disse o major.
 
Segundo Gilmar Luciano, a polícia precisa que as pessoas de bem não ocupem mais as ruas da capital mineira para que a prisão das que têm outra proposta dos participantes do movimento sejam visualizadas e presas. " A única forma que a polícia tem de identificar os bandidos agora é por meio da visualização. No entanto, os vândalos estão jogando bombas para fazer nuvem de fumaça, agirem e puderem se infiltrar no meio das pessoas de bem sem maiores problemas", explica o major.
 
A situação nas proximidades do Mineirão e ao longo da avenida Antônio Carlos ainda é tensa. "A situação não está sob controle e até já enviados um carro blindado para lá", afirmou Gilmar Luciano.
 
O confronto
 
O confronto começou depois que, mais uma vez, parte dos protestantes tentou furar o bloqueio policial e ainda jogou pedras contra os oficiais. Com a agressão, mais de 10 pessoas ficaram feridas, entre policiais e manifestantes. Dois dos feridos, homens, caíram de viadutos das avenidas Antônio Carlos e Antônio Abrahão Caram.

Manifestantes entram em confronto com a PM
 
Inicialmente, a polícia não revidou à agressão. Mas, em sequência, os policiais lançaram muitas bombas de gás lacrimogêneo na direção da multidão, que se dividiu em vários grupos e correu para sentidos diferentes. Ao mesmo tempo, os participantes do ato jogaram mais pedras, além de foguetes e objetos diversos contra os policiais. Alguns artefatos foram lançados de cima de um helicóptero.
 
No meio da confusão, uma parte dos manifestantes seguiu a passeata pela avenida Santa Rosa, que era um trajeto permitido e que também dava acesso ao estádio. Em contrapartida, o restante insistiu em subir a avenida Antônio Abrahão Caram e o confronto continuou. Muitas pessoas passaram mal e precisaram ser amparadas por colegas de movimento.

 
Ao ser questionado sobre como o confronto começou, o tenente-coronel Alberto Luiz afirmou à reportagem do Hoje em Dia que todos os policiais agiram em legítima defesa. "Fomos atingidos até por um artefato feito de metal e chumbo. Isso é pior que bala de borracha", disse o tenente-coronel.
 
Até o momentos desta publicação, a assessoria de imprensa da PM ainda não tinha um balanço referente ao número de presos e feridos durante o ato.
Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por