Prevenção

Mama digital pode ajudar mulheres a identificar alterações que podem levar ao câncer

Vanda Sampaio
vsampaio@hojeemdia.com
Publicado em 12/10/2022 às 18:00.
 (Fábio Ortolan)

(Fábio Ortolan)

A prevenção contra o câncer de mama pode ganhar uma forte aliada: uma mama digital foi criada por especialistas para ajudar a identificar as alterações mamárias que podem evoluir para a doença. 

A Rede Mamamiga Tech é uma rede tecnológica formada por sistema multimídia acoplado a um simulador da glândula mamária feminina, que contém as principais alterações que podem ser encontradas na apalpação do exame clínico e do autoexame das mamas.

O simulador mamário conta com um suporte de uma tutora virtual, que orienta sobre como identificar os sinais da doença. É como se fosse uma aula prática, em que a mulher aprende a fazer o autoexame. A expectativa é começar a fazer um projeto piloto em alguns municípios até o segundo semestre de 2023. 

“O simulador permite que a pessoa toque na mama virtual em que a mulher vai apalpando para perceber quais são as alterações que devem precisam ser levadas ao conhecimento do médico nos postos de sáude”, explica o mastologista e cirurgião plástico Thadeu Provenza, responsável pelo projeto. 

A proposta do projeto é que a tecnologia chegue até as unidades básicas de saúde. Agentes de saúde vão levá-la até as casas das mulheres para que tenham acesso ao treinamento pelo sistema multimídia.

“Os agentes de saúde serão capacitados e vão ajudar as mulheres durante a apresentação da animação na tela para que consigam fazer o autoexame”, reforça o especialista. 

Para Thadeu Provenza, a tecnologia é uma ferramenta eficiente para facilitar a busca ativa de casos de câncer de mama, principalmente entre as mulheres com mais de 50 anos.  

(FELIPE COURI/ARQUIVO HOJE EM DIA )

(FELIPE COURI/ARQUIVO HOJE EM DIA )

“Podemos contribuir para facilitar o diagnóstico precoce, que permite a cura em 95% dos casos. É preciso aumentar o acesso da população de baixa renda para conseguir reverter os números de morte por câncer de mama no país”, alerta o especialista. 

Somente em 2022, são esperados 17 mil óbitos e 60 mil novos casos de câncer de mama no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). 

Parcerias para o projeto 
A expectativa é começar a fazer um projeto piloto em alguns municípios até o segundo semestre de 2023, afirma o médico. 

O projeto começou há dez anos, sob a coordenaçao da Associação de Prevenção do Câncer na Mulher (Asprecam), uma organização não governamental de Belo Horizonte.

A plataforma foi desenvolvida em parceria com a Roche, oSebrae, oSenai e o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet-MG). Os primeiros 5  protótipos foram feitos Cefet. 

“O objetivo agora é conseguir uma parceria com uma empresa de tecnologia, para permitir que o produto chegue ao mercado”, explica Thadeu Provenza. 

Segundo o projeto, a intenção é fazer  parcerias com com estados e prefeituras, para que os equipamentos cheguem até as unidades básicas de saúde. 

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