Após se reunirem na Praça 7, no Centro de Belo Horizonte, os manifestantes deram início a uma passeata na tarde desta quinta-feira (12). O grupo, de em torno de 500 pessoas, caminha pela movimentada Afonso Pena, no sentido Mangabeiras. O trânsito nessa região da capital mineira é lento.   De acordo com o tenente-coronel Ricardo Machado, do Comando de Policiamento Especializado (CPE), duas pessoas já foram presas durante o protesto, intitulado de "Copa sem povo, tô na rua de novo!!! - 12J". Com os conduzidos, foram apreendidos socos ingleses e máscaras. Daniel Otoni dos Santos Ferreira foi abordado na rua Rio de Janeiro e Ivison Roberto Caetano Moura, de 22 anos, na esquina entre a avenida Afonso Pena com a rua São Paulo.   O tenente-coronel informou que os em torno de 250 policiais que acompanham o protesto só irão agir se algum crime for cometido pelos manifestantes. "O objetivo é atuar de forma preventiva", explica o policial.   Ainda durante a concentração na Praça 7, a fachada do McDonald's foi pichada com a expressão "Fifa fora", mas o autor do vandalismo ainda não foi identificado ou preso.    O protesto foi marcado por meio de evento criado no Facebook e organizado por líderes do Comitê dos Atingidos pela Copa (COPAC), em parceria com vários movimentos sociais. No texto de convite, foi informado que o objetivo é retornar às ruas, que são um "espaço de expressão da luta legítima do povo". "Não nos calaremos diante da FIFA e do estado de exceção instaurado no país". Ao todo, 7.500 pessoas presença na manifestação.        O ato ocorre em prol do fim das "remoções forçadas de famílias que invadiram terrenos, direito de manifestar livremente, não criminalização de protesto e movimentos sociais, apoio aos funcionários da rede municipal de Belo Horizonte, transporte gratuito e de qualidade, desmilitarização da polícia, direito ao trabalho ambulante e a expressão da cultura popular, volta do "tropeirão", dignidade aos barraqueiros do Mineirão e feirantes do Mineirinho, direitos humanos e dignidade dos moradores de rua, fim da violência institucional, fim das mortes de operários em obras de infraestrutura, defesa das profissionais do sexo, contra a exploração sexual e violência contra a comunidade LGBTT, contra os gastos abusivos da Copa, revogação da Lei Geral da Copa e democratização dos meios de comunicação". (*Com Danilo Emerich)    

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