Mar de gente: Carnaval de Belo Horizonte atrai 500 mil pessoas a mais do que o previsto

Tatiana Lagôa
tlagoa@hojeemdia.com.br
28/02/2017 às 19:39.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:46

O mar de foliões que inundou as ruas de Belo Horizonte de alegria e irreverência foi um dos ingredientes para que a capital dos bares fizesse a maior festa momesca de Minas Gerais. Agora é oficial: o Carnaval da cidade entrou definitivamente para o calendário nacional e disputa espaço com veteranos do samba e axé, como Rio de Janeiro e Bahia. 

O número de pessoas nas ruas superou as projeções iniciais da prefeitura, que eram de 2,5 milhões. Para o diretor de eventos da Belotur, Gilberto Castro, pelo menos 3 milhões foliões curtiram a festa em Belo Horizonte. É gente que veio de longe para conhecer o “jeitim mineiro” de fazer batuque, além de belo-horizontinos que preferiram não viajar para ver “no que esse trem ia dar”. E deu muito certo. 

Os números oficiais do Carnaval ainda serão divulgados, mas Castro já adianta que a festa surpreendeu positivamente. “Agora despontamos como um dos melhores e maiores carnavais do país”, comemora. 

E não é por menos. Foram mais de 260 blocos dos mais variados perfis: samba, axé, rock, MPB, jazz e muito mais.

Pulverização

E a festa belo-horizontina já começa a ser planejada para 2018. A Belotur irá incentivar um aumento na quantidade de blocos e pulverização entre os bairros. O objetivo é dar opções tanto a foliões que buscam grupos grandes como o Baianas Ozadas, que segundo os organizadores levou meio milhão de pessoas para as ruas neste ano, quanto para os que querem uam diversão mais calma. 

“Vamos fazer um trabalho mais efetivo buscando a descentralização. Queremos levar blocos para todas as regionais. Neste ano, por exemplo, o Barreiro ficou sem grupos”, afirma Castro. 

A chuva também não perdeu um dia da festa. Conforme lembra o meteorologista Heriberto dos Anjos, do TempoClima PUC Minas, o céu ficou nublado praticamente o tempo todo, com várias pancadas de chuvas ao longo dos dias. A temperatura média máxima registrada foi 27 graus, abaixo do histórico de 28,8 graus. O que, diga-se de passagem, não foi empecilho para o Carnaval ser um sucesso.

Só os bares e restaurantes não tiveram tanto para comemorar. Segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel), Lucas Pêgo, vários estabelecimentos fecharam as portas mais cedo ou simplesmente não funcionaram no Carnaval.

Os números também estão sendo levantados, mas a estimativa preliminar é que, mesmo assim, as vendas tenham crescido 10% frente a festa do ano passado – bem aquém dos 40% que existiam de potencial para o crescimento. 

“Levando em conta o número de pessoas circulando, dava para faturar mais. Só que tinha muito ambulante cadastrado. Os bares e restaurantes foram usados como banheiros”, afirma Pêgo. 

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