
Democratizar o acesso ao design e mostrar que ele pode e deve ser uma ferramenta de transformação social. Foi com este “propósito” que a Margem Design, empresa de design de interiores, nasceu há mais de oito anos. Desde então, a marca já desenvolveu mais de 110 projetos em casas localizadas em favelas de Belo Horizonte e região metropolitana.
Criada pelas designers Diana Possas e Dayana Rodrigues, a marca é uma das expositoras da Expo Favela Minas 2025, que ocorre nesta sexta-feira (18), na sede do Sebrae Minas, na capital mineira.
“Na faculdade, nos acostumamos a ver o design associado ao luxo, algo que somente pessoas com alto poder aquisitivo poderia ter. Nossa marca prova exatamente o contrário, buscando oferecer o design acessível para famílias de comunidade”, destaca Diana.
A marca realiza projetos para casas e também estabelecimentos comerciais que precisem de um “retoque” no visual. O novo design busca adequar o desejo dos clientes, sendo possível alterar pisos, portas, janelas, cor de paredes, porcelanatos em banheiros e até adquirir e reorganizar novos móveis.
As fundadoras defendem o design como uma ferramenta de empoderamento e inclusão. “A Margem nasceu do nosso incômodo de ver o design sendo privilégio de poucos. Queremos levar o design para as bordas, para as periferias, para quem nunca se viu contemplado por ele. Porque design também é política pública, também é transformação de vida”, afirma Dayana.
Expo Favela Minas 2025
A Expo Favela Minas é um evento organizado pela Central Única das Favelas (Cufa-MG) e tem como foco dar visibilidade ao potencial criativo, empreendedor e inovador das favelas.
O evento reúne 60 expositores de periferias na sede do Sebrae Minas nos dias 18 e 19 de julho. Para a presidente do Cufa-MG, Marciele Delduque, o evento é importante para ajudar jovens empreendedores de favelas a alcançar sucesso financeiro.
“O objetivo é fomentar ainda mais a economia, além de entregar também capital intelectual para os empreendedores dentro de favela, para que eles possam de alguma maneira buscar essa famosa e tão sonhada independência financeira ou quiçá o empoderamento por vias econômicas”, destaca.
O presidente do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva, espera que o evento movimente mais de R$ 6 milhões em transações diretas e indiretas, considerando negociações, investimentos e parcerias firmadas no ambiente da feira.
“Essa parceria é muito importante para que possamos trazer negócios concretos para o que esses empreendedores começaram nas favelas”, destaca.
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