Legalização

Marcha da Maconha em BH pede mudanças na política de combate às drogas

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
20/08/2022 às 16:40.
Atualizado em 20/08/2022 às 17:03
 (Divulgação - Vitor Diniz)

(Divulgação - Vitor Diniz)

A "Marcha da Maconha', evento realizado em favor da legalização do consumo de drogas, está acontecendo na tarde deste sábado (20) em Belo Horizonte. Os participantes devem ir da Praça da Estação à Praça da Liberdade, na região Central da capital.

O evento conta com trio elétrico e participação do bloco de Carnaval Majericão, além do desfile do "baseadão', alegoria que é símbolo da marcha.

O principal pedido dos participantes é a mudança na política de combate às drogas e o fim das proibições, porém vai além. Eles querem mostrar para a população que a criminalização não impede o consumo e dificulta o acesso a tratamentos de saúde, necessários às pessoas que estão fazendo uso abusivo de entorpecentes.

"Cria uma situação de guerra aos pobres e impede, inclusive, a pessoa que necessita de buscar ajuda nos serviços de saúde, por medo da criminalização", afirmou Vitor Diniz, um dos organizadores do evento em BH.

A marcha tem autorização do poder Judiciário para ser realizada e a organização do evento se reuniu com a Polícia Militar. Porém, uma equipe de advogados vinculados à organização está de prontidão para dar suporte aos participantes que se envolverem em problemas por causa do consumo de drogas durante o evento.

O primeiro desfile pelas ruas da cidade só aconteceu em 2011, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a manifestação em favor da legalização. Antes disso, de acordo com o advogado Guilherme de Campos Abreu Costa, outro coordenador da marcha na capital, os manifestantes eram impedidos pela PM de sair pelas ruas pedindo a legalização, sob alegação de apologia ao uso de drogas.

"Em 2011, o Supremo entendeu, de maneira unânime, que a reivindicação da possibilidade de usar maconha é legítima e está dentro dos direitos fundamentais, especialmente a liberdade de expressão. A partir daí, essa decisão passa a sustentar o direito de reivindicar o direito de usar a maconha", afirmou o advogado.

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