Uma operação conjunta da Polícia Civil, Ministério Público (MP) e Receita Estadual investiga um grupo de atacadistas e redes de supermercados suspeitos de participar de um esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em Minas Gerais. As empresas teriam deixado de recolher mais de R$ 215 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Entre os alvos da operação está o publicitário Marcos Valério, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como operador do Mensalão, no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ação e objetivos
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Região Metropolitana de Belo Horizonte e na região Centro-Oeste do estado. O objetivo da ação é desarticular toda a estrutura de fraude tributária.
A fraude incluía a emissão de notas fiscais falsas, a criação de empresas de fachada e movimentações financeiras suspeitas.
Apreensões e alvos
Os alvos dos mandados foram sedes de empresas e residências de empresários e funcionários envolvidos nas fraudes e na lavagem de capitais ilícitos.
Durante as buscas, foram apreendidos celulares, aparelhos eletrônicos, documentos e outros elementos de interesse à investigação, além de veículos de luxo utilizados pela organização para a lavagem de dinheiro.
Esquema criminoso
Conforme o Ministério Público, o grupo utilizava esse esquema para ocultar a real circulação de mercadorias e evitar o pagamento de impostos estaduais.
O esquema reduzia artificialmente o custo das mercadorias, ampliando os ganhos ilícitos dos grupos. As investigações demonstraram que a organização criminosa se apropriava indevidamente do imposto que deveria ser recolhido ao estado, convertendo os valores em benefício patrimonial próprio.
As autoridades agora analisam o patrimônio dos envolvidos e as irregularidades contábeis que possam comprovar a lavagem de dinheiro.
A reportagem entrou em contato com a defesa de Marcos Valério para um posicionamento e aguarda retorno.
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